CBB amplia peso de atletas em pleito presidencial e dá poder às mulheres

Colégio eleitoral da entidade passa a ter 43 votantes, com paridade de gêneros

O presidente Guy Peixoto Jr já assinou contrato com a empresa de renome que fará auditoria na CBB
Giovanni Kleinübing/CBB

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A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) alterou seu estatuto para tornar as eleições para a presidência da entidade mais democráticas em Assembleia na última quinta-feira, no Comitê Olímpico Brasileiro (COB), no Rio de Janeiro.     Estiveram representadas 26 federações estaduais – apenas a Federação Cearense não compareceu – e a Associação dos Atletas (AAPB), representada por Guilherme Giovannoni.

A medida acontece em meio a uma grave crise financeira e é mais uma tentativa do presidente Guy Peixoto, de resgatar a credibilidade da instituição. Ela também atende a um apelo antigo das mulheres, uma vez que o naipe feminino se mostrava insatisfeito com o tratamento dado pela gestão anterior, de Carlos Nunes, nos últimos anos.  

- Como ex-jogador, me sinto honrado em presidir uma Confederação em que jogadores, técnicos e clubes passam a ter direito aos votos, ainda mais com uma paridade de gêneros, ou seja, com as mulheres tendo o seu merecido espaço. O melhor é que essas significativas alterações ocorreram de forma unanime por parte das nossas Federações Estaduais, que querem, realmente, reerguer o basquete brasileiro - disse Guy Peixoto.

Com isso, o colégio eleitoral passa a ter 43 votantes, com paridade de gêneros: 27 federações estaduais, dez jogadores (cinco homens e cinco mulheres), quatro clubes (dois do naipe masculino e outros dois do feminino) e dois treinadores (um homem e uma mulher).

Além disso, no caso dos atletas, seis precisam ter sido medalhistas olímpicos ou de Mundiais (três homens e três mulheres) e para os outros quatro, precisam ser dois alertas que jogaram pela Seleção Brasileira Adulta em alguma competição oficial da Federação Internacional de Basquete (FIBA).

Os dois representantes da Associação de Atletas, o presidente e o vice-presidente, obrigatoriamente têm de ser um homem e uma mulher.

Antes, apenas presidentes de federações votavam e todos são homens, desde a saída de Karine Ribeiro da Federação Mato-grossense, em abril deste ano. 

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