Brasil quer quebrar jejum na São Silvestre

Tendo como último campeão Marilson dos Santos, em 2010, os brasileiros querem voltar ao lugar mais alto do pódio

92ª Corrida de São Silvestre encerra inscrições com limite técnico
A São Silvestre completa, nesta edição, 92 anos (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

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Acontece neste sábado o último evento esportivo do ano, a tradicional maratona de São Silvestre. Com a primeira largada, dos cadeirantes, prevista para as 8h20, a competição contará com cerca de 30 mil pessoas de diversas partes do mundo percorrendo 15 km da capital paulista. A elite feminina larga às 8h40, seguida pela elite masculina e o pelotão geral, às 9h. A largada será na Avenida Paulista, altura da rua Ministro Rocha Azevedo, e a chegada em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero. 

A edição deste ano promete ser disputada. O grupo de atletas de elite conta com destaques do Brasil e de outros seis países como Quênia, Etiópia, Tanzânia, Bolivia, Colombia e Alemanha, deixando ainda mais difícil fazer qualquer previsão sobre resultados. Os estrangeiros vêm dominando os últimos anos e já somam 96 (60 masculinas e 36 femininas) vitorias na história da maratona. Os atuais campeões são o queniano Stanley Biwott e a etíope e tricampeã Ymer Ayalew.

Porém os brasileiros, que já somam 17 conquistas desde que a prova tornou-se internacional, em 1945, estão determinados a quebrar o jejum de vitórias. Os últimos campeões em casa foram Lucélia Peres em 2006, com 51min24s e Marilson dos Santos em 2010, com 44min03s. 

Na disputa masculina, Giovani dos Santos é a grande esperança. Motivado e de visual novo, o fundista explorará sua experiência da competição.

- Já fui cinco vezes pódio na prova e agora está na hora de buscar o topo do pódio. Esse é o objetivo. Temos algumas surpresas na Avenida Brigadeiro Luis Antonio e vamos tentar vencer.

Em caso de vitória, Giovani já tem a quem oferecer sua última conquista de 2016.

- Se conseguir ganhar essa São Silvestre, acho que ficarei mais feliz pela torcida, que sempre me apoiou e anda bastante carente – avisou.

Os estrangeiros que podem estragar a festa do brasileiro são o queniano Dawit Admasu, campeão da São Silvestre em 2014, Augustine Sulle, da Tanzânia, e os quenianos Paul Kemboi, William Kibor e Mathew Cheboi.

No feminino, o destaque vai para Joziane Cardoso, campeã da meia maratona do Rio de Janeiro.

- Fiz uma boa preparação e espero um grande resultado. Há adversárias fortes e quero, primeiro, lutar para ser mais uma vez a melhor brasileira – afirmou.

A elite feminina ainda contará com a atual tricampeã Ymer Ayalew e a campeã olímpica, a queniana Jemima Sumgong. Ambas são colocadas como as favoritas ao pódio. As brasileiras Marily dos Santos, Cruz Nonata, Ariana Hassel e Adriana da Silva são alguns dos nomes que buscam terminar 2016 com um bom resultado.

Memória

A São Silvestre foi disputada pela primeira vez em 1925, com Alfredo Gomes chegando em primeiro lugar, ao percorrer 8,8 Km em 33min21s.

Em 1945 a competição recebeu, pela primeira vez, atletas estrangeiros. Sebastião A. Monteiro, do Brasil, foi o campeão com a marca de 21min54s (7km)

A primeira São Silvestre feminina aconteceu em 1975, com a alemã Christa Valensieck sagrando-se campeã.

Desde 2012 a maratona acontece na manhã do dia 31 de dezembro. Antes era realizada à tarde.

Em 92 anos, a São Silvestre já sofreu 12 alterações de percursos e já teve 18 distâncias distintas (atualmente a prova conta com 15 km)

Mudanças

Prezando a segurança dos atletas, além de deixa a prova mais dinâmica, o percurso da 92ª São Silvestre sofreu algumas alterações. A fim de incluir ruas e avenidas mais largas, ruas como Margarida, Olga e adjacências (próximas ao Memorial da América Latina), saíram do traçado. Em seu lugar, trechos do Centro Histórico de São Paulo, como a Xavier de Toledo, Sete de Abril, Bráulio Gomes, Viaduto 9 de Julho, Viaduto Jacareí e Rua Dona Maria Paula farão parte do novo percurso.

Calor

Com as altas temperaturas durante toda a semana, o calor passou a ser alvo de preocupação. Neste sábado, a previsão é que, entre às 8h e 9h, a temperatura esteja em torno dos 25 graus. O dia será quente e abafado, podendo chegar aos 30 graus perto das 11h (chegada do pelotão de elite), podendo elevar o desgaste do atleta. Com o forte calor, exite a possibilidade dos tempos dos participantes serem mais altos do que da edição anterior.

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