Após afastamento do presidente, CBDA suspende salários e torneios

Segundo a diretoria, a entidade passa por dificuldades financeiras devido a suspeitas de corrupção que culminou no afastamento do presidente Coaracy Nunes

Coaracy Nunes - presidente da CBDA
Coaracy Nunes foi afastado da presidência da CBDA por suspeita de corrupção (Foto: Divulgação)

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Após o afastamento do presidente Coaracy Nunes e mais três diretores pela Justiça Federal. A CBDA afirmou, em nota, que está passando por dificuldades financeiras e será obrigada a suspender os pagamentos de funcionários e a realização dos campeonatos nacionais até que a situação com a Justiça Federal (JF) se resolva. Os membros afastados são acusados de corrupção e suspeitos de irregularidades em convênios com o Ministério do Esporte.

- Com esta medida os cincos esportes aquáticos envolvidos pararam. E tudo isso, justo no momento em que eram estudadas as possíveis renovações de contratos de patrocínio - afirmou a CBDA.

A entidade alegou que não pode participar das investigações nem prestar depoimentos sobre o caso.

- Nada ainda foi apurado e em nenhum momento foi permitido que a CBDA prestasse esclarecimentos. O inquérito foi todo conduzido à revelia da CBDA - continuou.

O grande problema financeiro da instituição advém da dificuldade em realizar movimentações bancárias. Além de alegar que a ação judicial pode atrapalhar renovações de patrocínio.

- Sob ordem judicial, estão com dificuldades de movimentação as contas bancárias, cessados os pagamentos, suspensos os eventos. Até segunda ordem, por questões financeiras, não irão acontecer os Campeonatos Nacionais dirigidos pela CBDA nos cinco esportes aquáticos. Não irão receber seus salários os funcionários. - anunciou.

A organização pede que a situação se resolva o mais rapidamente possível, para não atrapalhar as modalidades sob a sua tutela.

 - Não é justo que cinco esportes olímpicos sejam punidos por qualquer que seja a questão - política, burocrática ou judicial. É incalculável a perda e o retrocesso que isso representa, pois não é saudável que atletas, técnicos, organizadores e promotores sejam impedidos de exercer suas atividades por uma acusação que pode não ser verdadeira - disse.

O afastamento dos membros da CBDA aconteceu no dia 21 de outubro através de uma liminar da JF e São Paulo. A chamada operação Àguas Claras apontou 
suspeitas de irregularidades em convênio firmado entre a CBDA e o Ministério do Esporte. Acredita-se que R$ 1,5 milhão tenha sido repassado à CBDA.

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