Maior ‘local’ do UFC 205, Rafael Sapo reage a luta em NY: ‘Sonhei com isso’

Brasileiro mora a apenas algumas quadras de distância do Madison Square Garden, ginásio que recebe o show histórico deste sábado: 'Ninguém nesse evento é mais local do que eu'

Rafael Sapo volta ao UFC neste sábado, em duelo contra Tim Boescht pelo UFC 205
                  Rafael volta ao UFC neste sábado, em duelo contra Tim Boescht pelo UFC 205 (FOTO: Reprodução)

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Rafael Sapo não é americano, mas pode dizer de certa forma que, neste sábado, quando pisar no octógono do UFC 205, montado no histórico Madison Square Garden, estará lutando "em casa". O brasileiro mora há oito anos em Nova York (EUA), a apenas algumas quadras do ginásio que abriga o evento deste sábado.

Em entrevista ao LANCE!, o lutador falou sobre a oportunidade de participar do primeiro evento da história no Madison Square Garden e a vida em Nova York. Depois de perder sua primeira luta, enquanto ainda morava em Belo Horizonte, Sapo viajou para o estado orientado pelo mestre Vinicius Draculino em busca de melhores condições para treinar. Ele foi recebido por Renzo Gracie, amigo de seu treinador.

- Sempre morei com meus pais, mas depois da minha primeira derrota o Draculino estava no Texas (EUA). Eu disse que não podia ficar sem ele, precisava de algo mais, ele concordou, e me mandou para Nova York, ficar uns meses lá e conversa com a família. Fui recebido na academia do Renzo, me receberam bem, ganhei um campeonato de Jiu-Jitsu em Nova York, isso abriu minhas portas e estou há oito anos aqui. Sou o cara mais local que tem. Ninguém desse evento é mais local que eu (risos). Moro a 15 ruas, uns 15 minutos andando do Madison Square Garden. A academia do Renzo, onde treino, é atrás do ginásio. Sempre sonhava: "imagina o dia que lutar aqui". Estou feliz de participar do primeiro evento e entrar para a história - avaliou o peso médio, em conversa por telefone.

O brasileiro lembra que quando chegou em Nova York, apesar de o MMA ainda não ser muito respeitado no Brasil, nos EUA era reconhecido como um trabalho decente para se viver.

- Quando cheguei aqui, o MMA não era conhecido. Quando deixei os negócios - eu era empresário - para ser lutador, muita gente estranhou no Brasil. E desde 2008, quando cheguei aqui, sempre fui bem respeitado por ser lutador, foi uma mudança boa morar aqui. Gosto muito da cidade. Sinto falta do Brasil, mas tudo funciona aqui, posso andar de madrugada, não é um lugar perigoso, gosto dos serviços de transporte... É muito bom viver aqui. Tudo é mais fácil - afirmou o mineiro.

Confira um bate-papo com Rafael Natal
O UFC colocou você por acaso nesse evento ou você pediu para lutar?
Foi um pedido meu. Quando marcaram a data do UFC 205 em Nova York eu avisei que queria lutar nesse evento, pedi ao UFC. Agora vou lutar em casa e estou muito feliz.

Qual a sua análise do duelo contra Tim Boescht?

Ele é um lutador muito duro, não é o cara que apanha e pede para parar rápido. Vai ser difícil de derrubar. Meu plano é sempre usar meu jiu-jitsu, mas tem hora que não tem como e não podemos gastar energia. Se não der para derrubar, vamos trocar em pé. Estamos preparados!

O que representa para você lutar no Madison Square Garden?
Saber que ali é um grande palco para o esporte, para a luta, é especial. Pessoas que mudaram o esporte lutaram ali. O palco é especial, todos querem se apresentar ali. Estou muito feliz com isso. Fazer parte do evento e desse momento vai me deixar muito feliz.

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