Refugiados sírio e iraniano competirão nos Jogos Rio-2016

Ibrahim Al-Hussein, na natação, e Shahrad Nasajpour, no atletismo, foram selecionados pelo Comitê Paralímpico Internacional

O sírio Ibrahim Al-Hussein após um treino em Atenas, na Grécia, onde vive
O refugiado sírio Ibrahim Al-Hussein (Foto: UNHCR/Achilleas Zavallis/Divulgação)

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Assim como aconteceu nos Jogos Olímpicos, os atletas refugiados também terão vez nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou que o sírio Ibrahim Al-Hussein, da natação, e o iraniano Shahrad Nasajpour, do atletismo, participarão da primeira edição dos Jogos na América do Sul como integrantes da equipe de Atletas Paralímpicos Independentes, que compete sob a bandeira do IPC.

Al-Hussein, que teve parte da perna direita amputada após uma explosão durante a guerra em seu país e vive atualmente em Atenas, na Grécia, disputará as provas dos 50m e 100m livres da classe S10. O sírio participou do revezamento da tocha Olímpica Rio 2016, quando carregou o símbolo em um campo de refugiados em Eleonas, na Grécia. “Eu sonho com esse momento por 22 anos. Pensei que meu sonho tinha acabado quando perdi minha perna, mas agora ele voltou de verdade. Mal posso acreditar que vou ao Rio”, comentou o sírio, que também pratica basquetebol e judô.

Nasajpour, nascido no Irã, vive atualmente nos Estados Unidos onde dedica-se ao atletismo. O atleta tem paralisia cerebral e disputará a prova do lançamento do disco da classe F37. Os dois atletas contam com apoio do IPC e também da Agência da ONU para Refugiados (UNHCR), além de outros parceiros. Nos Jogos Rio-2016, eles também terão à disposição uma equipe formada por chefe de missão, gerente e técnico.

A delegação dos Atletas Paralímpicos Independentes será a primeira a entrar no Maracanã no desfile das delegações na cerimônia de abertura dos Jogos, que acontece no dia sete de setembro.

- Estes atletas irão ajudar a aumentar o conhecimento sobre a situação que milhares de refugiados e expatriados passam, precisando tomar decisões difíceis, mesmo com suas deficiências. Eles vão valorizar a causa da inclusão social e vão contribuir com a disseminação dos valores Paralímpicos de coragem, determinação, inspiração e igualdade por todo o mundo - disse Tony Sainsbury, chefe de missão da equipe no Rio 2016.

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