Ministro aprova Brasil na Paralimpíada e diz que, na prática, Esporte terá mais dinheiro em 2017

Pela proposta do governo, orçamento vai ser reduzido, mas Picciani explica que terá mais verba à disposição porque não haverá construções de arenas e Centros de Treinamento

Leonardo Picciani, ministro do Esporte, em coletiva (Foto: Paulo Araújo/RMC)
Leonardo Picciani, ministro do Esporte, em coletiva (Foto: Paulo Araújo/RMC)

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Apesar de a meta do Comitê Paralímpico Brasileiro de ficar no Top-5 dos Jogos Paralímpicos do Rio não ter sido alcançada, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, considerou positiva a participação do Brasil na competição. Picciani fez um balanço da Paralimpíada neste domingo, no Rio Media Center, e citou o aumento do número total de medalhas.

Em Londres-2012, o Brasil ficou em sétimo lugar no quadro de medalhas, com 43 conquistadas, sendo 21 de ouro. Mas, em casa, apesar do crescimento de pódios, chegando a 72 medalhas, foram sete ouros a menos.

- O Ministério, desde que assumi, adota como critério a evolução do Brasil nos Jogos. A exemplo do que ocorreu nos Jogos Olímpicos, tivemos extraordinária evolução na Paralimpíada. Saímos de 43 medalhas para 72. Quase dobramos o número de finais. Tivemos medalhas inéditas em modalidades que o Brasil jamais teria conquistado. Nossa avaliação é que a participação foi positiva. Queremos fazer com que a participação em 2020 seja ainda melhor do que foi em 2016. Certamente em 2020 será ainda muito melhor - afirmou Picciani.

O ministro ainda foi questionado sobre a perspectiva de futuro em relação ao investimento no Esporte, já que o orçamento para 2017 prevê uma redução significativa. A proposta que será encaminhada ao Congresso, segundo o UOL, prevê que a pasta tenha à disposição R$ 960 milhões no ano que vendo, sendo que em 2016 o montante foi de R$ 1,72 bilhão.

Picciani explica que as próximas contas do governo não irão incluir construção de equipamentos esportivos. E por isso, a diferença. Segundo ele, sobrará mais dinheiro com isso.

- É importante notar que não teremos que construir o Parque Olímpico de novo, nem centros de treinamento, porque eles já estão concluídos. Os recursos que não constam no orçamento deste ano são os que se destinavam à construção, quase na integralidade, de equipamentos olímpicos. O orçamento, na realidade, é maior para o ano que vem. Sai de R$ 505 milhões para R$ 656 milhões. A redução do valor total é pela não manutenção de rubricas de equipamentos. Se descontarmos o que foi investido na construção de equipamentos, sobraram R$ 505 milhões. A previsão para o próximo ano, é R$ 656 milhões, 30% maior - comentou Picciani, que ainda vai tentar negociação com parlamentares para que a verba tenha um crescimento para 2017:

- O orçamento agora vai ao Congresso, que é quem dá a palavra final, e vamos trabalhar, dialogaremos na busca de um aumento

Por fim, o ministro do Esporte explicou qual será a prioridade de gastos nos próximos anos.

- A primeira é a preparação dos atletas. Manteremos programas que vêm dando certo, como Bolsa Atleta e Pódio, além da parceria com as Forças Armadas. E também o investimento do esporte enquanto inclusão social, esporte educacional. Retomaremos investimento no social. Tem que ser uma coisa ampla para que os atletas tenham contato com as mais diversas modalidades - completou Picciani, que deixou o recado:

- Os atletas cumpriram a promessa de que o Brasil teria medalha todo dia.

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