Fora do topo há 20 anos, EUA tentam voltar a dominar na Paralimpíada

Os Estados Unidos não repetem a mesma dominação dos Jogos Olímpicos

A nadadora norte-americana Jessica Long, maior medalhista paralímpica da história dos EUA, com 16 medalhas
(Foto: Divulgação/Paralympic.org)

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A melodia “Star Spangled Banner”, o hino nacional dos Estados Unidos, tem tocado bastante nas cerimônias de entrega de medalhas nas últimas Paralimpíadas. Só que não tanto quanto nos Jogos Olímpicos. A mesma bandeira que tremula tantas vezes no ponto mais alto do pódio olímpico não tem repetido o aproveitamento de forma suficiente a ficar no primeiro lugar no quadro de medalhas nas últimas edições de Jogos Paralímpicos.

É com a pressão pela volta aos tempo áureos e a missão quase impossível de desbancar, principalmente, a China que a delegação dos Estados Unidos, atualmente no quarto lugar do quadro de medalhas, chega à Rio-2016.

Não dá para dizer que os EUA, que tem comitê único na Olimpíada e Paralimpíada, deixaram de ser potência, mas a última vez que a turma do Tio Sam terminou no primeiro lugar do quadro de medalhas foi justamente quando ela foi anfitriã, em Atlanta-1996. Desde então, o rendimento tem caído, chegando ao ponto de ficar fora do Top-5 em Londres-2012.

– Esporte é muito competitivo. Não é porque somos os Estados Unidos que vencemos automaticamente – pontua ao L! o técnico da seleção masculina de basquete em cadeira de rodas, Ron Lykins.

Ao mesmo tempo em que os resultados estão ficando menos expressivos, a exposição aumenta.

– Vão nos dar uma quantidade substancial de cobertura na televisão dos Estados Unidos. Temos 7 horas de transmissão, o que é um crescimento exponencial em relação a Londres. É mais pressão, porque mais gente estará assistindo. Mas, como time, vamos proporcionar grandes momentos – disse a nadadora Courtney Jordan.

Talvez esse seja o impulso necessário para levar mais medalhas para casa.

DESEMPENHO CHINÊS VAI NA CONTRAMÃO

Ao mesmo tempo em que os Estados Unidos perderam a força nos Jogos Paralímpicos, a China veio com tudo a partir de Atenas para se tornar dominante na competição.
O desempenho na Grécia já foi uma subida de patamar visando à edição seguinte, que foi justamente em Pequim, em 2008. Antes de 2004, a China apareceu, em Sydney-2000, em uma “modesta” sexta posição.

Em Londres-2012, o domínio foi esmagador. O número de ouros foi quase o tripo da segunda colocada Rússia: 95 a 36. No total de medalhas, a China faturou 231. A delegação que ficou em segundo por esse critério foi a anfitriã Grã-Bretanha, com “míseras” 120 medalhas.

Com a ausência dos russos na Rio-2016, motivada pelo escândalo de doping, a China entra na disputa para herdar os lugares nos pódios agora disponíveis. Pelos resultados dos primeiros dias na Paralimpíada no Brasil, a tendência de domínio chinês vai se confirmar.

Na história paralímpica, a China já conquistou 783 medalhas. Nas últimas três edições, foram 583. Isso representa 74% dos pódios. Fruto do investimento alto.

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