Atletismo do Canadá tem como meta ganhar pelo menos 12 medalhas

Delegação de 32 atletas treina em Juiz de Fora pensa em fica entre os 15 primeiros colocados no quadro geral de medalhas da Rio-2016

Equipe paralímpica de atletismo do Canadá no pátio de entrada do hotel em Juiz de Fora
Equipe paralímpica de atletismo do Canadá treina em Juiz de Fora (Foto: Guilherme Leite/UFJF)

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A equipe paralímpica de atletismo do Canadá, que treina desde domingo em Juiz de Fora (MG), quer conquistar de 10 a 12 medalhas na Paralimpíada do Rio-2016, que começa dia 7 de setembro e vai até o dia 18. Dessas medalhas, a equipe espera ganhar pelo menos 5 de ouro e ficar entre os 15 primeiros colocados no ranking geral. Em Londres-2012, o país conquistou nove pódios e a delegação ficou na 20ª posição.

Um dos destaques da equipe que está em Juiz de Fora é Ness Murby, atual vice-campeã mundial no lançamento de dardo, na categoria F11, de pessoas com deficiência visual. O maior medalhista recente é Brent Lakatos, que não veio à cidade. Possui três pratas dos Jogos de Londres e três ouros do Mundial de Doha, em 2015.

Outra atleta, Diane Roy, não tem a medalha como meta principal. Ela vem ao Brasil pela primeira vez a fim de “viver cada momento desta Paralimpíada”, que, apesar de ser a sexta de que participa, tem traços próprios. A corredora, com cadeira de rodas, terá um torcedor a mais: seu filho de um ano de idade.

- Nunca se sabe como ficará seu corpo depois de uma gravidez e sobre como será a saúde do bebê. Mas tudo saiu bem, por isso, decidi voltar a competir e ir ao Rio - disse Diane, de 45 anos, que entrou, em 2009, para o Hall da Fama Terry Fox, para quem se tornou referência para pessoas com deficiência no Canadá.

- Algumas pessoas acham que estou velha para competir, mas provei que posso estar aqui e penso que serei capaz de fazer um bom trabalho. Fiz tempos muito bons, em corridas, nos últimos dois meses, por isso, tudo é possível. Estou entusiasmada com os Jogos, que podem ser os últimos de que participo - completou a atleta, que perdeu o movimento das pernasquando tinha 17 anos, após um acidente com quadriciclo.

Coordenador da delegação olímpica de atletismo, Peter Eriksson afirmou que a participação do Canadá nos Jogos Olímpicos do Rio é a melhor do país desde 1932.

- Todos os nossos medalhistas treinaram em Juiz de Fora e também tive quatro atletas que ficaram em quarto lugar e que estiveram aqui. A cidade nos ajudou a ter nossa melhor campanha no atletismo. Graças à universidade tivemos esse suporte.

A atuação canadense teve como principal destaque na mídia o velocista Andre de Grasse, medalhista de prata nos 200m e de bronze nos 100 e no revezamento 4x100m. O atleta protagonizou com o jamaicano Usain Bolt uma das cenas mais divertidas dos Jogos, quando os dois sorriam um para o outro ao liderarem, com folga, uma das semifinais dos 200m.

A visibilidade do atletismo praticado pelo país, nos Jogos, é boa para “atrair mais atletas, patrocinadores, financiamento e apoio do Governo, uma vez que natação e atletismo não tiveram bons resultados, em 2012, mas se tornaram os dois melhores em 2016”.

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