Insatisfeito com modelo de gestão, Rassi não confirma candidatura à reeleição no Goiás

Presidente esmeraldino afirma que é difícil gerir os clubes de forma não remunerada, diz não saber se concorrerá ao pleito do fim do ano, mas garante maior investimento

Sérgio Rassi (Foto: Rosiron Rodrigues / Site oficial do Goiás)
Sérgio Rassi diz não saber se será candidato nas elições do Goiás (Foto: Rosiron Rodrigues / Site oficial do Goiás)

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O mandato do presidente do Goiás, Sérgio Rassi, se encerrará no fim do ano, mas o mandatário ainda não decidiu se irá ou não ser candidato à reeleição. Na opinião do dirigente, o modelo de gestão não remunerado adotado pelos clubes brasileiros dificultam o trabalho. Ele defendeu a profissionalização dos dirigentes esportivos no país.

- Se dependesse da minha vontade, eu ficaria para sempre no clube. Amo o Goiás de coração. Mas é muito difícil ser presidente de clube. É um cargo não remunerado e temos de abrir mão de nossas obrigações, de nosso ganha-pão. Eu defendo mudança na gestão. Teríamos gestores profissionais nas áreas administrativa, financeira, de futebol, de imprensa, enfim, gestores remunerados e qualificados em todas as áreas. Se podemos pagar R$ 120 mil para jogador que às vezes atua pouco, por que não pagar R$ 30 mil para um gestor? Com esse modelo ligado a um Conselho, eu gostaria de permanecer. O modelo antigo está desgastado. Também preciso ver a aceitação da torcida, não quero ficar à frente se eu não for bem aceito - disse Sérgio Rassi, ao site Globoesporte.com, nesta segunda-feira, em Goiânia, durante café da manhã oferecido para os jornalistas.

A administração de Rassi à frente do Goiás tem sido muito criticada pelos torcedores do clube, insatisfeitos com a campanha do time no Campeonato Brasileiro, onde ocupa a 17ª colocação na tabela de classificação da competição, na zona de rebaixamento. Apesar disso, Rassi diz que o trabalho foi bem feito, priorizando as finanças do clube, fato que mereceu elogios do presidente do conselho deliberativo do Goiãs, Hailé Pinheiro.

- O Hailé nos chamou e fez um breve histórico falando que conseguimos fazer o que ele achava que iria demorar 10 anos. Foi esse equilíbrio de despesas. “Fechamos algumas torneiras”. Teremos um novo contrato com a televisão e novas possibilidades de patrocínio. O cenário será diferente. Facilidade nunca vai haver no futebol, mas poderemos investir mais. Tínhamos um teto salarial de R$ 50 mil por mês. Aqueles jogadores que entenderam isso e que ficarem para a próxima temporada automaticamente terão aumento salarial de 20% - disse Rassi.

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