Sem mudar esquema, Atlético-PR altera peças e tem dificuldades em estreia da Libertadores

Triunfo simples contra Millonarios-COL reflete o duelo difícil na Arena

Atletico-PR x Millionarios
Carlos Alberto, mesmo sem ritmo, melhorou o desempenho do Furacão. (Cleber Yamaguchi/AGIF)

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A vitória por 1 a 0 diante do Millonarios-COL, na noite de quarta-feira, na Arena da Baixada, pela segunda fase da Copa Libertadores, mostrou um Atlético-PR ainda sem ritmo. O triunfo sem levar gols deve ser comemorado, mas a atuação foi abaixo do que se esperava.

Na estreia oficial do time principal na temporada, o técnico Paulo Autuori usou o tradicional 4-2-3-1, que é utilizado desde as categorias de base, para enfrentar a equipe colombiana. Thiago Heleno, ainda não regularizado, foi substituído por Wanderson. O zagueiro, que praticamente ganhou todas as bolas aéreas e teve bons desarmes com tempo de bola, pecou na saída de jogo. Assim como todo o time.

Com uma marcação por zona e perseguições curtas no meio-campo, o adversário dificultava a construção de jogada do Furacão, que saía do seu terço defensivo tendo muito trabalho. Weverton, que sabe usar os pés, tentou ajudar também. Nem a entrada de Rossetto, na segunda etapa no lugar de Lucho González, que correu muito, fez com que a saída fosse qualificada.

No meio, sem poder contar com Nikão, suspenso, Autuori apostou em Crysan como extremo pela esquerda. Felipe Gedoz, reforço para a temporada, jogou centralizado. Não funcionou. Ainda na primeira etapa, o comandante rubro-negro trocou as posições por duas vezes. Pablo foi para a esquerda e Crysan para a direita. Minutos depois, na reta final, Crysan ficou no meio e Gedoz atuou aberto na posição que jogava na Bélgica.

Já no intervalo, o treinador apostou na experiência de Carlos Alberto na vaga de Crysan para jogar centralizado. Sem condições de atuar 90 minutos, o experiente jogador recuava algumas vezes para construir as jogadas e, apesar de estar sem ritmo, conseguiu uma melhor transição.

E foi jogando uma bola para Pablo, o extremo da direita que tentava chamar a responsabilidade em jogadas individuais, que veio o gol. De costas, ele fez o pivô e abriu para Jonathan, que devolveu na entrada da área e o camisa 8 foi derrubado. Na cobrança, Grafite chutou forte e fez.

- Falar em acerto e padrão com o primeiro jogo em termos competitivos seria uma pretensão muito grande. Acho que eles nos dificultaram bastante, fizeram marcações individuais no campo. Temos que tirar partido disso no jogo de lá, com movimentações que geram espaços. Todas as vezes que chegamos ao fundo, chegamos com bola em movimento e bola parada, e eles tiveram dificuldades - avaliou o técnico atleticano.

Após o gol, o Atlético-PR recuou e começou a sofrer com os avanços do time colombiano. Léo acabou entrando no lugar de Gedoz, com Jonathan avançando como extremo da direita e Pablo novamente sendo deslocado para a esquerda. O Millonarios, trocando passes no terço ofensivo, assustava e chegou a colocar uma bola na trave. Nos minutos finais, Carlos Alberto ditou mais o ritmo e até achou Sidcley para chutar cruzado e quase ampliar, no último lance de perigo do jogo.

- Uma vitória sem gols sofridos é fundamental. É melhor ganhar não sofrendo gols do que, às vezes, um resultado por 3 a 1. Porque o gol qualificado é determinante. É um resultado importantíssimo, por não ter sofrido gols. Quem conhece Libertadores sabe que é assim. A equipe esteve sempre bem defensivamente, mesmo com as dificuldades que o adversário implantou, esteve sempre organizada - analisou o treinador.

Na próxima quarta-feira, às 21h45, o Furacão encara o rival da Colômbia no jogo da volta, no El Campín, em Bogotá. O clube brasileiro passa se vencer, empatar ou perder por um gol de diferença a partir 2 a 1. Caso avance, o adversário sai do confronto entre Deportivo Capiatá-PAR e Universitario-PER.

- Vamos para lá tranquilos e conscientes. É natural que na estreia a equipe estivesse um pouco ansiosa, com a expectativa alta. Vamos fazer nosso jogo lá, aproveitar alguns problemas que eles têm no aspecto defensivo e evitar que eles se sintam confortáveis - finalizou Autuori.

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