Suposto apoio a candidato que bateu em ex-mulher causa problemas para senador Romário

Baixinho chegou a ser questionados em rede social por fãs a respeito de possibilidade de apoiar Pedro Paulo de Carvalho na sucessão à prefeitura do Rio de Janeiro

Romário - senador
Senador Romário pode dar apoio a Pedro Paulo de Carvalho nas eleições do ano que vem  (Foto: Geraldo Magela)

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A divulgação de um suposto acordo político entre o senador Romário (PSB-RJ) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), em torno da candidatura do secretário executivo de governo, Pedro Paulo de Carvalho (PMDB), à prefeitura carioca no ano que vem caiu mal entre os eleitores do Baixinho. Pelas redes sociais, Romário negou ter feito acordo, mas foi bastante questionado pelos fãs.

"O @RomarioOnze vai fazer acordo com o Pedro Paulo é? Mesmo depois de descobrir o histórico de 'casos isolados' de violência doméstica?", perguntou uma seguidora.

Pedro Paulo foi denunciado pelo menos duas vezes, em 2008 e 2010, por ter agredido sua ex-mulher, Alexandra Marcondes, em episódios de brigas familiares. Apesar da repercussão negativa desses atos de violência – que ele inclusive admite ter cometido, o secretário não perdeu o apoio de Paes, que quer fazer dele o seu sucessor.

Em entrevista coletiva na inauguração do estádio olímpico de canoagem slalom, em Deodoro, Paes confirmou o entendimento com o ex-jogador.

- Tenho um entendimento com o senador Romário de que, se ele não vier candidato, ele vai apoiar o Pedro Paulo - afirmou o prefeito.


Paes, contudo, negou que o acordo tivesse relação com a ocultação de uma suposta conta secreta de Romário em um banco da Suíça, versão que surgiu na conversa gravada que levou à prisão do líder do governo no senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves no âmbito da operação Lava Jato.

A versão do acordo e a existência da conta suíça foram negados pelo Baixinho em sua conta no Facebook:

"Não é novidade para ninguém que o prefeito Eduardo Paes tem interesse que eu apoie o seu candidato à sucessão. Não sou responsável pelo que terceiros falam, apenas pelos meus atos. Assim sendo, deixo claro que não tenho nenhum acordo com ninguém e, infelizmente, o dinheiro não é meu. Digo infelizmente porque, com certeza, se fosse meu, seria fruto de muito trabalho honesto", disse ele.

Romário lembra que houve um desmentido formal da própria instituição bancária que apontou como falso o extrato publicado pela revista Veja e que processa a revista pelos danos causados a sua imagem.

Apesar da contradição quanto ao acordo, Romário e Eduardo Paes apresentaram a mesma explicação para o encontro que tiveram em Brasília com o líder do governo no senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), citado nas gravações que levaram à prisão do petista. Segundo ambos, o objetivo do encontro era buscar apoio para colocar em pauta um projeto do Senado, de autoria de Romário, e de interesse da prefeitura do Rio. As explicações de Paes sobre as gravações foi dada na nota oficial que se segue:

"O prefeito Eduardo Paes informa que esteve no gabinete do senador Delcidio Amaral, no dia 4 de novembro, na companhia dos senadores Ricardo Ferraço e Romário e do secretário Municipal de Governo, Pedro Paulo, em busca de apoio para colocar em pauta e votar o projeto de Resolução do Senado Federal 17/2015 (que altera a resolução 43/ 2001). A matéria, que já foi aprovada, é de autoria dos senadores Romário e José Serra, e trata da securitização das dívidas de estados e municípios.O prefeito reafirma ainda que o próprio órgão de imprensa que veiculou a existência de uma suposta conta do senador Romário na Suíça já desmentiu a informação e admitiu o erro. O prefeito Eduardo Paes nunca negou que gostaria de ter o apoio político de Romário ao seu candidato à Prefeitura do Rio em 2016".



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