STJD julgará escalação irregular na final do Brasileiro Feminino na sexta

Para Procuradoria da entidade, Gabi Portilho, do São José, deveria ter cumprido suspensão no primeiro jogo da decisão do Brasileirão Feminino entre o time joseense e o Rio Preto

São José x Rio Preto
                                São José foi derrotado por 1 a 0 no jogo da ida da final (Foto: Divulgação/CBF)

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A 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgará na próxima sexta-feira, às 10h, a denúncia envolvendo a escalação irregular de Gabi Jordão Portilho, do São José. Tal denúncia fez com que o segundo duelo da final do Campeonato Brasileiro Feminino, que deveria ter acontecido nesta quarta entre São José (SP) e Rio Preto (SP), fosse suspenso pelo STJD – o que ocorreu na última terça.

Gabi Jordão Portilho recebeu três cartões amarelos na competição – contra Mixto (MT) em 16/9, Adeco (SP) em 14/10 e Tiradentes (PI) em 18/11 – e deveria cumprir suspensão automática na primeira partida da final, no último dia 22. Só que diante do Adeco, ela também recebeu o vermelho de maneira direta, sendo expulsa. O São José seguiu escalando Gabi por acreditar que o vermelho, recebido de maneira direta, cancelaria o amarelo.

No entanto, o segundo parágrafo do artigo 51 do Regulamento Geral das Competições (RGC) diz que se a atleta advertida “com um amarelo for expulsa na partida, ainda manterá o amarelo inicial computado para os outros duelos”. Este mesmo artigo prevê que o controle do número de cartões amarelos e vermelhos é de responsabilidade dos clubes.

O São José foi denunciado com base no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que diz “incluir na equipe ou fazer constar na súmula ou documento equivalente, atleta em situação irregular”. O clube, caso punido, pode pagar multa de até R$ 100 mil e perder três pontos, o que dará ao Rio Preto o título sem a necessidade de jogo da volta – o time de São José do Rio Preto venceu na ida por 1 a 0.

Caso o São José seja absolvido em primeira instância, a CBF definirá a nova data da partida. No entanto, existe a possibilidade de a Procuradoria do STJD recorrer em caso de absolvição e levar o caso ao Pleno da entidade.

O Brasileirão Feminino tem sido marcado por diversas situações bizarras, como partidas realizadas sem médicos, falta de iluminação em estádio e atletas passando mal por conta do forte calor.

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