Líder do sindicato dos árbitros rebate presidente do Corinthians e não quer pena após erro no Dérbi

Presidente da SAFESF diz que Roberto de Andrade foi infeliz em declarações e não quer suspensão para o árbitro Thiago Duarte Peixoto, que errou no clássico de quarta-feira

presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (SAFESP), Arthur Alves Júnior
Presidente da SAFESP concedeu entrevista coletiva nesta sexta (Foto: Guilherme Amaro)

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O presidente do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Estado de São Paulo (SAFESP), Arthur Alves Júnior, convocou uma entrevista coletiva nesta sexta-feira para defender o árbitro Thiago Duarte Peixoto, que cometeu erro grave no clássico entre Corinthians e Palmeiras. O juiz expulsou erradamente o volante Gabriel, que levou o segundo cartão amarelo por uma falta cometida, na verdade, por Maycon.

Nesta sexta, o presidente da SAFESP atacou o presidente do Corinthians, que havia falado até que o árbitro tinha de ser banido do futebol por conta do erro no Dérbi.

- Foi uma declaração, no mínimo, infeliz. Ele não é Deus para desculpar ou não alguém. Ele tem que cuidar do clube dele, e eu cuido do meu associado - afirmou Arthur Alves Júnior, que chegou a cita o fato de Roberto de Andrade ter passado recentemente por um processo de impeachment no Corinthians.

Após o erro, a Federação Paulista de Futebol afastou Thiago Duarte Peixoto por tempo indeterminado. A SAFESP, por outro lado, não concorda com a punição.

- Todo mundo erra. Não tem que ter afastamento, o árbitro tem de apitar, ele fora é pior ainda. Tem que fazer esse trabalho técnico, de rever o posicionamento e tem que atuar em outros campeonatos ou outras categorias. Quanto mais o árbitro apita, melhor fica. É assim com toda profissão. Estou conversando com o presidente do TJD-SP Tribunal de Justiça Desportiva), Antonio Olim, e vamos acompanhar esse processo - disse o presidente da SAFESP.

Por fim, Arthur Alves Júnior ainda sugere um modelo de profissionalização para o árbitro.

- É um projeto que seria uma total independência. Durante o campeonato, o árbitro ficaria se preparando só para os jogos. O árbitro teria uma empresa, seria PJ (pessoa jurídica), e durante janeiro e maio, por exemplo, prestaria serviços para a FPF. Depois, para a CBF. O árbitro chegaria um dia antes ao local do jogo, concentrar... Tudo isso colaboraria para um desempenho bom. A FPF dá uma estrutura boa para os árbitros de pré-temporada, com aprimoramento psicológico, técnico e físicos, mas não pode acontecer mais isso que vem acontecendo no Campeonato Paulista - explicou.

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