Nos passos do Bom Senso, movimento quer mudar o futebol brasileiro dando voz aos torcedores

Denominado Independência Futebol Clube, iniciativa lançou manifesto que já conta com 15 mil assinaturas e quer ter cargo em órgão do governo que fiscaliza os clubes no Profut

Torcida do Sport (Foto: Tom Dib/Lancepress!)
Torcida do Sport (Foto: Tom Dib/Lancepress!)

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Mudar o esporte mais popular do Brasil tendo como protagonista o torcedor. Isso é o que prega o Independência Futebol Clube, movimento criado em 2015 que “busca salvar o nosso futebol do ostracismo que está fadado e assim resgatar a ousadia e a alegria do futebol brasileiro”. O trecho é do texto do manifesto lançado no ano passado e que já conta com 15 mil assinaturas físicas dos quatro cantos do país.

A iniciativa do movimento é de Lucas Rios, torcedor comum que, assim como milhões de fãs de futebol do país, está indignado com a atual situação da modalidade no país e pela forma como futebol brasileiro é administrado. E foi de outro movimento, o Bom Senso FC, de jogadores, que Rios teve a ideia de colocar o torcedor como protagonista.

"O torcedor é a grande razão para o futebol existir e ele precisa ser ouvido", Lucas Rios, criador do movimento.

- Após o 7 a 1 e a corrupção na Fifa, todo mundo tem falado menos os torcedores. E são eles a razão do futebol existir. O torcedor precisa ter mais informação e acesso a tudo o que envolve o esporte, pois atualmente está tudo muito obscuro – afirma Rios.

Segundo ele, apoio para a iniciativa não tem faltado. Pessoas tem ajudado o manifesto a obter assinaturas nos quatro cantos do país e a meta é atingir 100 mil assinaturas.

- Por já ter trabalhado de comissário, conheço pessoas de todo o Brasil e elas têm me ajudado com o manifesto, que já conta com assinaturas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Recife e Manaus – comenta Rios, que é formado em Marketing e pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios.

O objetivo da iniciativa, entretanto, é ambicioso. Segundo o fundador do Independência Futebol Clube, a meta é conseguir um cargo na Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFUT), órgão criado pelo governo para fiscalizar os clubes que aderiram ao Profut para refinanciar as dívidas fiscais. Apesar de já ter sido criada, o governo ainda não nomeou os dez integrantes da APFUT, que terá cinco membros da sociedade civil sendo representados por jogadores, técnicos, dirigentes e árbitros.

- Há vários representantes no órgão mas nenhum do torcedor e vamos pleitear isso – completa Rios.

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