Livro sobre Sandro Moreyra será lançado na sede do Botafogo

Paulo Cézar Guimarães escreveu biografia do jornalista esportivo e histórico botafoguense. Lançamento acontecerá em 22 de agosto, uma terça-feira, em General Severiano

Sandro Moreyra
Cartunista Ique assina a caricatura da capa (Imagem: Divulgação)

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Será lançado, no dia 22 de agosto, às 19h, na sede do Botafogo de General Severiano, o livro "Sandro Moreyra - Um autor à procura de um personagem", biografia do jornalista esportivo e histórico botafoguense. O livro, da Gryphus Editora e com 292 páginas, foi escrito pelo jornalista Paulo Cézar Guimarães.

O autor ouviu mais de 100 pessoas que conviveram com Sandro Moreyra. Mergulhou de cabeça na vida do biografado, leu dezenas de livros, pesquisou periódicos, sites, blogs, assistiu filmes e visitou acervos públicos e pessoais. Foram conversas com parentes, jornalistas, jogadores, técnicos, juízes de Direito e árbitros de futebol. Sandro nasceu em 1918 e morreu em 1987.

Entre os entrevistados, Zico, Júnior, Agnaldo Timóteo, Antônio Maria Filho, Arnaldo Cézar Coelho, Elza Soares, Carlos Alberto Torres, Galvão Bueno, João Máximo, José Carlos Araújo, Juca Kfouri, Sérgio Cabral (pai), Ancelmo Gois, além das duas filhas (Sandra e Eugênia) e outros parentes próximos.

- Resgatar Sandro Moreyra, cuja coluna no Jornal do Brasil era daquelas que fazia muita gente ler o jornal de trás para a frente, deu-me a oportunidade de conversar com pessoas engraçadíssimas e irreverentes ao estilo do próprio colunista. A geração dele era de uma época romântica em que se exercia o jornalismo com paixão e prazer - comenta o autor Paulo Cézar Guimarães.

Sandro Moreyra
Sandro Moreyra com Nilton Santos e Garrincha (Foto: Divulgação)

Um time forte acompanhou PC na produção do livro: Ique assina a caricatura da capa, João Máximo o texto da orelha e Carlos Eduardo Novaes, o prefácio. Já Sandra Moreyra, responsável pelo texto da quarta capa, manteve encontros com PC por mais de um ano e cedeu fotos, recortes de jornais, cartas e postais.

- Passamos cerca de um mês sem trocar mensagens. No início de outubro ela enviou o e-mail: "PC, fiz exames e vou ter que passar por nova quimioterapia. Antes que eu fique derrubada e preguiçosa para escrever, vai aí o texto da contracapa. Espero que goste". Dessa vez, porém, foi traída pela maldita doença que enfrentou durante sete anos. Foi embora encontrar com o pai no dia 10 de novembro de 2015 - relembra o biógrafo.

Filho de Eugênia e Álvaro Moreyra, duas grandes figuras da cultura brasileira na primeira metade do século, Sandro era craque com as palavras. Trabalhou por mais de 30 anos na redação do Jornal do Brasil, onde assinou a coluna Bola dividida. Conhecido pelo bom-humor e pelo bronzeado permanente, era na Praia de Ipanema que Sandro batia ponto antes de ir para a redação do JB. Chegava ao trabalho no fim da tarde, sempre depois de um mergulho com os parceiros João Saldanha, Carlinhos Niemeyer, Fernando Calazans, Heleno de Freitas e Sérgio Porto. Em sua coluna, sempre abastecia os leitores com notícias fresquinhas do futebol, sobretudo do Botafogo.

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