Ex-dirigente do Grêmio visita clubes europeus e diz: ‘Precisamos aprender’

Rui Costa viajou para passar um período de aprendizado na Europa e se encontrou com dirigentes de grandes clubes como Arsenal, Inter de Milão, Lazio e Manchester City

Rui Costa (Foto: Divulgação / Grêmio)
Depois de passagem pelo Grêmio, Rui Costa busca conhecimento na Europa (Foto: Divulgação / Grêmio)

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Durante passagem pela Europa para aprendizado e conhecimento de novos modelos de gestão e negócios, o ex-diretor de futebol do Grêmio, Rui Costa, acompanhou a final da Champions League e já se encontrou com dirigentes importantes no cenário do futebol mundial, como Richard Law, executivo do Arsenal, Giovanni Gardini, gerente de futebol da Internazionale, e Igli Tare, executivo da Lazio.

No início desta semana, Rui Costa também teve uma longa conversa com Ferran Soriano, atual executivo de futebol do Manchester City e que comandou o futebol do Barcelona por muitos anos. Ele é o autor do livro “A bola não entra por acaso”, que virou referência mundial.

- Tem sido uma experiência única, pois além de conhecer um pouco mais a estrutura e o funcionamento administrativo e de futebol desses clubes, temos aprofundado os temas que envolvem o trabalho de um executivo. Isso ajuda a compreender melhor as práticas de gestões em meio às particularidades de cada agremiação e país - relata o dirigente.

Nos quase 10 dias em solo europeu, Rui Costa já conseguiu perceber que a principal diferença para o Brasil está em como o europeu enxerga o futebol.

- Qualificar os times, segurar os atletas mais importantes e ter capacidade de investimento estão entre os segredos, mas aqui na Europa o futebol é tratado como produto, e isso precisa acontecer no Brasil. O jogo é um evento à parte, e quem compra esse produto sabe que terá retorno garantido. Temos muitos clubes ricos, globais, que se tiverem ajuda das confederações podem atingir esse patamar - afirma.

Diretor gremista entre os anos de 2013 e 2016, Rui Costa admite que a CBF tem promovido encontros e ações para transformar o Campeonato Brasileiro em algo rentável. Mas o caminho ainda é longo.

- Precisa ter menos disparidade entre o que ganha um campeão nacional e o último colocado de uma Liga. Mesmo sendo exceção, o Leicester foi o maior exemplo disso na Inglaterra. Não vejo o futebol brasileiro tão atrasado como falam, mas em termos de números e de arrecadação, precisamos aprender - finalizou.

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