Eficaz, Boa Esporte goleia o Guarani, leva a Série C-2016 e faz história

Time de Varginha abre vantagem com Braian Samudio e Fellipe Mateus, vê Bugre não ter êxito em tentar reagir e leva a Terceirona em jogo marcando por lances "diferentes"


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O Guarani buscava um feito inédito, o de levar a Série C e se tornar o primeiro time a ser campeão das três principais divisões do futebol brasileiro. E após o 1 a 1 em Campinas, quase cinco mil torcedores bugrinos compareceram ao Estádio do Melão, em Varginha, para apoiar o Bugre, incluindo os ex-atacantes Amoroso e Evair. Mas os comandados de Ney da Matta tinha como meta alcançar o maior feito da história do clube. E eles foram eficazes na noite deste sábado, no Sul de Minas. Com gols de Brian Samudio, Fellipe Mateus e Kaio Cristian, o Boa derrotou o Guarani por 3 a 0 e conquistou a Terceirona. 

E o título do Boa contou com momentos "diferentes". Teve queda de atacante junto com a auxiliar Daiane Caroline Muniz dos Santos no primeiro tempo e, na etapa final, descontrole de defensor levando ao chão o árbitro da partida e, depois, um próprio companheiro de time após ser expulso em lance duvidoso.

O título do Boa, que tinha como maiores feitos os títulos da Taça Minas Gerais (2007 e 2012), do Campeonato Mineiro do Interior (2009 e 2014) e do Módulo II do Estadual (2004 e 2011) coroa um trabalho irretocável de Ney da Matta. Ele iniciou a quarta passagem pelo Boa no dia 19 de julho. Desde então, foram 15 jogos, com dez vitórias e cinco empates. Boa que terminou a Série C invicto diante do seu torcedor no Melão e que, em 2017, terá como desafios voltar à elite do futebol mineiro e disputar novamente a Série B.

Já o Bugre, que havia mostrado superação de sobra diante do ASA, quando garantiu o acesso à Série B, e na semifinal contra o ABC, ficou com um honroso vice-campeonato tendo enfrentado o time de melhor campanha da Terceirona na decisão. E, assim como o Boa, também terá como metas para o ano que vem voltar à elite do Paulistão e buscar uma campanha de destaque na Série B.

EFICIÊNCIA DE SOBRA DO BOA ESPORTE

O Guarani precisava de gols para ser campeão – um empate a partir de 2 a 2 ou qualquer vitória. E o Bugre tentou propor o jogo, apostando, naturalmente, no talento de Fumagalli. Mas o time de Campinas não conseguiu ser eficaz logo nos primeiros minutos. Já o Boa transbordou eficácia. Contra-ataque, cruzamento da esquerda com Rodolfo e finalização de primeira do paraguaio Braian Samudio. Boa 1 a 0 aos nove minutos.

Trabalhando bem a bola diante de um rival sem poder de marcação, o Boa chegou ao merecido segundo gol aos 14 minutos. Passe preciso de Daniel Cruz, domínio com categoria de Fellipe Mateus e belíssima finalização sem defesa para Leandro Santos. Boa 2 a 0 e torcida animada no Melão, com direito a fogos de artifício e gritos de "olé".

O Guarani soube fazer o seu jogo após os gols sofridos. Gilton e Fumagalli tiveram boas chances antes de o Boa voltar a ter o controle do jogo. Jogo que teve um lance "diferente" aos 27 minutos. Após tentar se desvencilhar de Braian Samudio, Pipico foi deslocado, perdeu o equilíbrio na lateral, tentou desviar da auxiliar Daiane Caroline Muniz dos Santos (MS). Pipico e Daiane foram ao chão, derrubando, ainda, uma placa de publicidade. E não seria o único lance "diferente" do duelo no Sul de Minas. 

EXPULSÃO POLÊMICA, GOLPES DE FERREIRA E TÍTULO PARA O BOA ESPORTE

O Guarani tentou tomar para si as rédeas do jogo na volta do intervalo diante de um Boa trabalhando a bola com inteligência. Eis que, aos 17 minutos, a possível reação bugrina ficou comprometida. Ao tentar se desvencilhar da marcação de um adversário, Ferreira abriu os braços e Rodolfo, o atleta do Boa, caiu no chão alegando ter sido atingido com força no rosto, o que não ocorreu. O árbitro Marcos Mateus Pereira (MS) mostrou o cartão vermelho para Ferreira, que se descontrolou.

A primeira reação de Ferreira foi empurrar o árbitro, que foi ao chão repleto de perplexidade. Logo depois, Ferreira aplicou um golpe em Auremir, seu próprio colega de time que tentava afastá-lo. Coube a Leandro Amaro e, depois, o ex-goleiro Gléguer, hoje preparador de goleiros do clube, conseguiram levar o defensor para o vestiário depois de muito esforço e dedicação.

Marcelo Chamusca sacou Eliandro para recompor a defesa bugrina com Genílson. Já o Boa, em vantagem no placar e numérica dentro de campo, tratou de esperar o time de Campinas em seu campo de defesa para, depois, buscar os contra-ataques. E quase teve êxito para chegar ao terceiro gol. Sobrou vontade para o Guarani, que tentou uma reação. Mas o gol que o Bugre buscava foi marcado pelo time de Varginha. Kaio Cristian, que havia entrado em campo um minuto antes, aproveitou a sobra do goleiro bugrino após a finalização de Tchô e escreveu o último capítulo de um título histórico.

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