“Mundo Deportivo”: O mundo votou no Barcelona

Santi Nolla, editor do diário catalão que integra o Pool do LANCE!, diz que Barça não deu chance ao River Plate na final do Mundial e que este time ficará no topo por muito tempo

Barcelona x River Plate
Mundial de Clubes - Barcelona x River Plate (Foto: AFP)

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Foi um triufo inconstentável do "Barcelona das cinco copas". Uma equipe que desenhou o melhor futebol da historia. Neste domingo conseguiu seu terceiro Mundial superando as pedras do caminho. O mundo votou no Barça, uma equipe que vale apostar, pois já entrou entrou no coração global do futebol.

O pai de Neymar deu um forte abraço em Raul Sanllehí após a exibição do Barcelona en Yokohama. Piqué saudou sua família na mesma hora em que Daniel Alves levantava Messi. No túnel, no campo ou no pódio, os jogadores deste Barça deixaram claro que existe coincidência não somente de talentos. Há mais. O Barcelona projetou uma imagem mágica ao mundo em um dos mercados mais sólidos de Asia. O Barcelona caminha com passos de gigante.

O tridente arrasa. Porém, em campo, Piqué esteve imperial, soberbo; os lances de Iniesta foram de um prestidigitador; Busquets se livrou da pressão com elegância; Alves mandou na lateral; Mascherano e Alba deixaram seus selos de autoridades e Rakitic esvaziava o ímpeto do rival.

Na frente, Messi voltou a ser de outro mundo. Fez o mais difícil: abrir o marcador. Queria jogar, devia jogar. Após passar um dia no inferno, jogou como anjo. Ao seu lado, Neymar protagonizou impressionantes jogadas de videogame e Suárez marcou dos gols. Este Barça tem o melhor do mundo, o segundo melhor do mundo e o melhor atacante de área do mundo.

O ciclo está aberto, muito aberto. Esta equipe é para seguir no topo por muito tempo. Estes jogadores voltarão a ganhar. A cada verão arranjarão novas forças para começarem outra temporada para se ganhar tudo. Não é fácil. Porém, eles lograrão. De novo. E outra vez.

Na frente, Luis Enrique conseguiu que este grupo seja sólido físicamente, forte e capaz de usar eficazmente as suas melhores armas. É um técnico com personalidade, capaz de dar a titularidade a Bravo ainda que todo mundo acreditasse que a camisa 1 estava destinada a Ter Stegen. Luis Enrique deu chance a Sergi Roberto, Mathieu e Vermaelen. Não queria que o rival marcasse gol algum. E o chileno Bravo, impressionante, evitou com as suas mãos santas o gol argentino. Além disso, Piqué cortava tudo o que vinha por cima.
Os torcedores do River Plate deu um exemplo de apoio ao seu time. Foram quase 20.000 aficcionados no Japão. Não pararam de cantar. Sobraram para a sua torcida a esperança no início do jogo e os objetos lançados por alguns poucos vândalos do ‘millonarios’ em cima dos jogadores do Barcelona quando estes deram a volta olímpica. Muitos se dedicaram às vaias ao Mascherano. Porém, é certo que a atitude da torcida durante todo o encontro, mesmo com a superioridade blaugrana no terreno de jogo, foi impressionante. Foi só nisso que o River levou a melhor nesta final. Em tudo o mais, o Barcelona se impôs com essa naturalidade que faz parecer fácil o que é difícil.

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