Comitê da Fifa aprova reformas, como a limitação de mandatos

Comitê Executivo mudará de nome e composição. Membros terão a vida analisada

O presidente interino da Fifa, Issa Hayatou, ao lado do secretário-geral interino, Markus Kattner (Foto: Fifa)
O presidente interino da Fifa, Issa Hayatou, ao lado do secretário-geral interino, Markus Kattner (Foto: Fifa)

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Em meio a mais uma turbulência gerada por prisões de dirigentes do alto escalão da entidade, a Fifa aprovou nesta quinta-feira propostas do Comitê de Reforma para tentar melhorar a imagem da entidade. O pacotão ainda será submetido à aprovação do Congresso da entidade - a reunião com todos os 209 membros - em 2016.

Entre os itens aprovados estão a limitação de mandatos (máximo de três, com duração de quatro anos cada um) e a obrigatória verificação de integridade de todos os membros dos comitês da Fifa, a ser conduzida por um comitê de revisão independente.

- Essas reformas levam a Fifa para uma melhora de governança, maior transparência e mais responsabilidade. Elas são um marco no nosso caminho para a restauração da credibilidade como uma moderna, confiável e profissional organização esportiva - afirmou o presidente em exercício, o camaronês Issa Hayatou.

O brasileiro Fernando Sarney foi o representante da Conmebol na reunião do Comitê Executivo desta quinta-feira, já que o presidente da entidade sul-americana, Juan Ángel Napout, foi preso pela polícia suíça, acusado de recebimento de propina. Além de Napout, o presidente da Concacaf, Alfredo Hawit, também foi detido. Ambos correm risco de extradição para os Estados Unidos.

OUTRAS REFORMAS:

Separação de funções políticas e gerenciais - O conselho da Fifa (em substituição ao Comitê Executivo da Fifa) será o responsável por definir a direção estratégica da organização, enquanto o secretariado geral cuidará das ações operacionais e comerciais necessárias para efetuar a estratégia.

Os membros do conselho serão eleitos pelas associações das respectivas regiões, sob as regulamentações eleitorais da Fifa, com o Comitê de Revisão realizando a verificação de integridade. Passos concretos para aumentar a função da mulher na governança do futebol com o mínimo de uma mulher eleita como membro do conselho por confederação. Ao todo, serão 36 membros do conselho. A Conmebol terá direito a cinco cadeiras.

Diversidade - Promoção de mulheres como um objetivo explícito estatutário da Fifa para criar mais diversidade no ambiente das tomadas de decisões.

Membros independentes do Comitê - Decisões financeiras chave serão tomadas pelos Comitês de Finanças, Desenvolvimento e Governança, que terão um número mínimo de membros independentes e cujas atividades serão auditadas pelo Comitê de Auditoria e Conformidade.

Aumentando a eficiência do Comitê - Redução dos comitês de 26 para nove, com aumento de participação da comunidade do futebol, que vai prover eficiência ao mesmo tempo em que assegurará que todas as associações estejam envolvidas de forma mais significativa.

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