Alemanha e França reforçam alerta sobre ações terroristas na Eurocopa

Serviços de inteligência dos países divergem sobre o principal alvo dos extremistas, mas insistem que radicais podem se infiltrar no meio do público

Saída da torcida do Stade de France na sexta-feira (Foto: Franck Fife / AFP)
Saída da torcida do Stade de France. Torcedores deixaram o estádio em pânico (Foto: Franck Fife / AFP)

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Serviços de inteligência alemães e franceses alertaram nesta quinta-feira sobre o risco de ações terroristas durante a Eurocopa, competição disputada de 10 de junho a 10 de julho, em dez cidades da França. Segundo o governo gaulês, espera-se entre cinco a seis milhões de pessoas no país durante o campeonato internacional.

Em novembro do ano passado, Paris foi alvo de um atentado que deixou 130 mortos. Um terrorista também quase entra no Stade de France para explodir uma bomba durante o amistoso entre França e Alemanha. Em março, foi a vez da Bélgica. Na ocasião, os ataques a Bruxelas fizeram 30 vítimas. Ambos foram planejados pelo grupo radical Estado Islâmico.


- Enxergamos o torneio com grande preocupação. A Euro é um grande motivação para grupos terroristas - disse Rob Wainwright, diretor do Europol, em entrevista ao jornal alemão "Die Welt".

Segundo o diário "Bild", a espionagem alemã teme que as seleções sejam o principal alvo dos extremistas, principalmente a atual campeã mundial, pelo valor simbólico. Os terroristas têm como objetivo retaliações contra países que mandaram militares a Síria e ao Iraque no combate contra o Estado Islâmico. Neste prisma, França, Bélgica, Espanha e Inglaterra também precisam de um cuidado redobrado.

Já os franceses consideram a possibilidade de células jihadistas no país durante o torneio.

- A França é claramente o primeiro objetivo do Estado Islâmico e de grupos conectados ao Al-Qaeda. Eles querem golpear o país o mais rápido possível. Vamos mobilizar 10 mil soldados e 12 mil agentes de segurança - indicou Patrick Calvar, chefe de espionagem do organizador da Eurocopa, durante uma reunião com congressistas.

País vizinho à França, a Bélgica também está preocupada e já confirmou que reduzirá o espaço das fan zones da capital Bruxelas, restringindo o público para 4 mil pessoas. Torcedores com mochilas e bolsas serão impedidos de entrar.

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