‘Queda de braço’, título… Trabalho de Levir Culpi no Flu é de altos e baixos
Técnico chegou às Laranjeiras na primeira semana de março e entrou em rota de colisão com referências, mas também venceu a Primeira Liga. Agora, resta se firmar no Brasileirão
O técnico Levir Culpi acaba de completar quatro meses de trabalho a frente do Fluminense. É um curto período no comando do clube, mas já foi o suficiente para o treinador entrar em conflito com um ídolo do clube, conquistar um título inédito, colocar o cargo à disposição e no dia seguinte repensar a decisão.
Levir Culpi foi apresentado no Fluminense no dia 7 de março, com a missão de substituir Eduardo Baptista. Desde então, foram 28 partidas, com 12 vitórias, 10 empates e seis derrotas. Um aproveitamento de 54,8% dos pontos disputados e alguns altos e baixos na breve passagem, até o momento.
Relembre abaixo alguns dos principais momentos do trabalho de Levir Culpi no comando do Fluminense em 2016.
QUEDA DE BRAÇO COM FRED
Logo em sua chegada, o técnico Levir Culpi entrou em rota de colisão com o atacante Fred, ídolo e artilheiro do Fluminense. Tudo teria começado após o treinador discordar da maneira que o camisa 9 cobrou alguns jogadores dentro do vestiário, mas a versão nunca foi confirmada pelos envolvidos.
A questão é que Fred ameaçou não jogar mais sob o comando de Levir Culpi, recém-chegado e com moral com a diretoria presidida por Peter Siemsen. Os bons resultados na época serviram de apoio ao técnico, que ganhou a "queda de braço" e viu o atacante voltar a treinar normalmente com o elenco.
TÍTULO DA PRIMEIRA LIGA
Ainda em abril, em meio à polêmica com Fred, Levir Culpi comandou o time na conquista da Primeira Liga, vencida sobre o Atlético-PR por 1 a 0. A decisão foi disputada em Juiz de Fora, e aliviou a queda precoce no Campeonato Carioca. Além disso, Levir Culpi fez o time jogar sem Fred, que estava punido na competição por uma confusão na primeira rodada do torneio regional.
OSCILAÇÃO NO CAMPEONATO BRASILEIRO
O time ainda não conseguiu embalar duas vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro, o que impede uma aproximação da zona de classificação para a Copa Libertadores, objetivo traçado pelo clube das Laranjeiras para o ano.
Por não ter casa no Rio de Janeiro, a equipe gasta importantes dias em viagens e deslocamentos, impedindo o técnico de treinar a equipe, mas Levir Culpi evitou usar o tema como desculpa. O fato é que não encontrou uma formação ideal após treze rodadas da competição nacional.
REVEZAMENTO E INEFICIÊNCIA DO ATAQUE
Após a saída de Fred, o técnico Levir Culpi procurou uma nova formação para o ataque do Fluminense. O que não conseguiu até agora. Richarlison, Magno Alves, Osvaldo, Maranhão, Marcos Junior... Todos já tiveram oportunidades entre os titulares, mas não convenceram ou deixaram a desejar. O setor ofensivo chegou a ter o pior rendimento entre os 20 times da Série A.
Neste momento são 13 gols em 13 rodadas do Campeonato Brasileiro.
PEDIU PARA SAIR E FICOU
O empate em 1 a 1 com o Ypiranga-RS, pela Copa do Brasil, foi o "estopim" para Levir Culpi "explodir". Após o resultado em Volta Redonda, na última quarta-feira, o técnico colocou o cargo à disposição, restando apenas uma conversa com o presidente Peter Siemsen para selar a sua saída.
No entanto, menos de 12h depois, já estava comandando um treino na sede das Laranjeiras. O papo com a diretoria foi o suficiente para Levir Culpi repensar sua decisão e dar sequência a seu trabalho no Fluminense.