Scarpa vai recorrer em processo e mantém briga judicial com o Flu

Bruno Tocantins, advogado do jogador, diz que sua equipe já está trabalhando para entrar com o pedido de segunda instância, após ser derrotado nos tribunais pelo clube carioca

Gustavo Scarpa
Gustavo Scarpa está em um imbróglio judicial com o Fluminense (Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras)

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Gustavo Scarpa vai recorrer da decisão favorável ao Fluminense em processo no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ). O jogador perdeu em primeira instância e por isso segue vinculado ao clube das Laranjeiras. Segundo Bruno Tocantins, seu advogado, ele continuará tentando a liberação por conta de falta de pagamento. Ainda não há data para o próximo julgamento.

- Ontem (segunda) a sentenção foi contrária ao interesse do Gustavo (Scarpa). Ele segue não jogando, a gente tem uma briga judicial, uma dívida enorme com o Gustavo, de 2017, que não foi contestada pelo Fluminense no processo. Este fato (a dívida), inclusive, não foi objeto de divergência nem pela doutora Dalva (Macedo, juíza do TRT-RJ), nem pelos desembargadores que negaram o mandado de segurança. Ninguém disse que o Fluminense está em dia com os pagamentos, pelo contrário. Até lamentamos a situação do clube, mas temos de lutar pelos interesses do atleta. Vamos recorrer, já estamos trabalhando na sentença e quando tivermos a redação final daremos entrada no recurso, obviamente - explicou Bruno Tocantins, à ESPN.

Scarpa entrou na Justiça no fim de 2017, pedindo sua liberação do Fluminense, além do pagamento de mais de R$ 9 milhões. O valor se refere a salários, férias e 13º atrasados, além de parcelas do FGTS - o clube no começo do ano pagou parte desta dívida para evitar perdê-lo na Justiça. Ainda assim, o Palmeiras o contratou quando saiu a primeira liminar favorável ao atleta, sem a necessidade de pagar nada ao Fluminense.

O jogador foi derrotado sob o argumento de que já estava com vencimentos atrasados quando renovou com a equipe das Laranjeiras e isto não o fez deixar de assinar o novo contrato. O advogado do meia, por sua vez, argumenta que a maior parte da dívida foi contraída depois da renovação.

- A Lei Pelé não diz que renovações perdoam dívidas passadas. Ela (a dívida) foi reconhecida por todos que analisaram o processo. Mais de 90% das dívidas que o Gustavo alega, confessadas pelo Fluminense, são posteriores à renovação do contrato, em fevereiro ou março. Não estamos alegando dívidas anteriores. Não faltava argumento para entrar com a ação - acrescentou.

Com a decisão na Justiça, o contrato do jogador com o Palmeiras não tem validade. O clube ainda não entrou em contato com o Fluminense para uma possível negociação, pois o jogador quer dar sequência ao processo.

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