Saída de Abel pode fazer com que time do Flu tenha de se reinventar

Ex-treinador tricolor implementou esquema novo nesta temporada e vinha conseguindo colocá-lo em prática, apesar das limitações no elenco enxuto

Técnico Abel Braga conversa com jogadores
Abel Braga passou a atuar com três zagueiros nesta temporada (Mailson Santana / Fluminense F.C)

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A saída de Abel Braga do Fluminense pode representar muito mais que apenas uma troca de técnico. Com uma formação com três zagueiros, o treinador implantou uma forma de jogar e fez o time tricolor ganhar uma cara e um jeito de atuar que já era notório. Agora, com a mudança no comando da comissão técnica, pode ser que o Tricolor tenha de se reinventar com a temporada em andamento.

A influência de Abel na formação do elenco se mostra também pelos reforços que chegaram após o fim dos Campeonatos Estaduais, aumentando o número de opções em setores que são mais exigidos no atual time, como a zaga, que ganhou Luan Peres e Nathan Ribeiro, e o meio, em que chegou o volante Dodi.

Ainda durante o Carioca, Abel explicou que escolheu adotar o 3-5-2 por alguns motivos, dentre eles, o alto número de gols que o Fluminense sofreu no ano passado e, além disso, citou que a experiência dele, neste caso, lhe deu coragem de arriscar essa mudança tática, o que alguns treinadores mais jovens poderiam não ter.

- No fundo, esse esquema engana muita gente. Se você reparar, ele existe muitas variáveis. Você tem de ter não só jogadores com a característica, mas inteligência tática de saber o momento de desfazer a linha de cinco. Da maneira que se transforma atacando e a maneira que proporciona retardar o contra-ataque do adversário. O Fluminense sofre pouco com a bola vertical na direção do nosso gol. Pode ter bola para o lado, porque jogamos com o lateral alto. Quis sair um pouco da mesmice e vou ser sincero. Acho que outros treinadores gostariam de fazer isso. Mas a juventude de alguns é um preço alto que paga – disse Abel, em entrevista em fevereiro.

Atualmente, o Flu conta apenas com um meia de criação, que é Sornoza. Quando o camisa 10 não atua, Abel vinha colocando o volante Jadson para atuar de forma mais avançada.

Agora, o novo treinador vai herdar um time que coloca em prática ideias de um treinador que, segundo ele mesmo, quis “sair da mesmice” e terá de fazer a engrenagem funcionar para que o Tricolor se recupere no Campeonato Brasileiro e volte ao caminho das vitórias.

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