Levir culpa substituições forçadas por derrota do Flu: ‘Time perdeu o ritmo’
Nesta segunda, Fluminense largou na frente do placar no Estádio Giulite Coutinho, mas tomou a virada do São Paulo na etapa final, em noite infeliz da defesa do Tricolor Carioca
Marcos Junior, Wellington Silva e Pierre: os três titulares do Fluminense saíram do jogo contra o São Paulo quando o time de Levir Culpi ainda vencia por 1 a 0, mas o técnico tricolor acabou forçado a substituir o trio por questões físicas. A derrota de virada por 2 a 1 no Giulite Coutinho foi justificada pelo treinador do Flu pela situação atípica que viveu nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro.
- Jogamos normal até metade do segundo tempo. Foram três substituições forçadas. O time perdeu um pouco de ritmo. O São Paulo é um time como o Fluminense. Precisa vencer, se atirou e foi feliz nas finalizações. Não vi nada de especial a não ser as substituições que normalmente não fazemos - comentou Levir, que colocou Marquinho, Igor Julião e Douglas nos lugares dos titulares.
O gol de virada do São Paulo, marcado por Rodrigo Caio, foi o 9º de bola aérea sofrido pelo Fluminense no segundo turno. No total, são 13 sofridos pelo Flu neste período do Brasileirão. O problema já foi identificado pelo técnico Levir Culpi, que costuma dedicar o treino da véspera do jogo ao fundamento.
No entanto, o treinador não espera que o seu time deixe de tomar gols dessa forma, assim como acredita que o Flu continuará a marcar gols desta mesma forma. Para Levir, as bolas cruzadas são "as jogadas mais difíceis do futebol".
- Me perguntaram sobre isso antes do jogo (contra o São Paulo) e respondi o seguinte: vamos continuar tomando e fazendo. É a jogada mais difícil de ser marcada, simplesmente porque dois jogos não ocupam o mesmo espaço. O ataque quer cabecear para o gol e a defesa quer tirar. Vamos continuar tomando e fazendo. O treinamento, as conversas, as orientações... Tudo pode deixar um time em ótimas condições no sistema defensivo e para marcar gols.
O Fluminense se reapresenta nesta terça-feira, nas Laranjeiras, às 15h30, para iniciar a preparação para o jogo contra o Coritiba, no Couto Pereira, domingo. Com 46 pontos, o Tricolor caiu para a nona posição do Brasileiro, após três derrotas consecutivas. O time de Levir Culpi mira o G6. Atualmente a sexta colocação pertence ao Atlético-PR, que soma 48 pontos na competição.
Veja outras respostas de Levir após a derrota para o São Paulo:
Classificação para a Libertadores?
- Matematicamente a coisa está complicando, mas temos que ter recursos técnicos para sair dessa situação. A metade do segundo tempo para frente jogamos muito mal, mas temos a regularidade de jogar bem, mas essa regularidade tem que vir acompanhada do resultado. O desempenho está parecido com os outros e até um pouco melhor do que os outros times que brigam pelo G6.
Importância de Pierre?
- Identifiquei isso, tanto que coloquei ele para jogar. Gosto de jogar com volantes que distribuem bem a bola, mas tenho que observar se o sistema defensivo funciona. É aí que o Pierre ganhou a vaga. Ele saiu pela parte física. Precisávamos vencer hoje. O principal foi mais uma vez a bola parada. É difícil de explicar. Nosso time é bom nisso. É a jogada mais difícil do futebol, tanto para nós quanto para eles.
A formação ofensiva desta segunda é a ideal?
- Vivemos isso diariamente (a busca pelo time ideal), mas temos que progredir repetindo alguns jogadores. Não sou contra quem utiliza revezamento dos jogadores, mas acho que o entrosamento é fundamental para termos equilibro. Ninguém pressiona, ninguém encurrala o Fluminense. Temos condições de vencer todos. Criamos situações hoje (segunda) para vencer. São situações que não controlamos. O resultado não tem uma lógica exata. Pode acontecer a qualquer momento e temos que estar preparados.
