Flu quer encarar o Vitória no Maraca e presidente avalia opções de estádios

Presidente do Fluminense afirmou que clube deve voltar ao Maracanã, mas avalia sequência de jogos em Edson Passos e possibilidade da construção de um estádio próprio no futuro

Peter Siemsen nas Laranjeiras (Foto: Nelson Perez/Fluminense F.C.)
Peter Siemsen negocia mudança de palco do jogo contra o Vitória Foto: Nelson Perez/Fluminense F.C.)

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Com o Maracanã liberado pelo Comitê Organizador Local para jogos dos clubes cariocas a partir do dia 20 de outubro, o Fluminense quer voltar ao estádio, com o qual tem contrato com duração de 35 anos, o quanto antes. Peter Siemsen, nesta terça-feira no CT da Barra da Tijuca, afirmou que a ideia é mudar o palco da partida contra o Vitória, no dia 28, uma sexta-feira, atualmente marcado para o Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita.

- Contamos com o Maracanã, esperamos estar lutando por uma vaga na Libertadores. Seria o reencontro com a torcida. Sabemos que não é um bom dia para o torcedor. A ideia é que possamos usar o Maracanã daqui para frente – afirmou o presidente Peter Siemsen.

Eleito presidente do Fluminense desde 2010, Peter Siemsen desliga-se do cargo em breve, já que está em seu segundo mandato e não pode se reeleger. No dia 26 de novembro será realizado o pleito presidencial, que definirá seu sucessor. Seis anos à frente do clube, Peter Siemsen lamenta ter ficado tanto tempo sem o Maracanã à disposição, por conta das obras, Copa do Mundo e Olimpíadas.

Em 2016, a solução foi adotar o Estádio Giulite Coutinho como casa. E mais, como uma de suas últimas medidas como presidente, Peter Siemsen assinou um documento para a aquisição de um terreno para a construção de um estádio próprio, com uma capacidade menor que a do Maracanã.

Nesta terça-feira, no evento marcado pelo primeiro treino do grupo principal no novo Centro de Treinamento do clube, na Barra da Tijuca, Peter Siemsen avaliou as opções de estádios e explicou a importância de um estádio próprio.

- Vou deixar a presidência em dezembro. Então, ficar falando do futuro é difícil. Vamos manter Edson Passos e queremos continuar jogando lá sim. O clima entre torcida e time é muito bom lá, mesmo com 10, 15 mil pessoas. Isso no Maracanã não dá. A novidade sobre o estádio do Flu é que fechamos um terreno. Ele fica aqui pertinho e mostra que o clube está sendo muito empreendedor, como no início do século passado. É muito importante nós viabilizarmos com a prefeitura esse estádio de médio porte, como o Atlético-MG tem com o Independência. Não negamos a nossa história com o Maraca, tanto que queremos continuar jogando lá - analisou o presidente do Tricolor.

O presidente também voltou a ser questionado sobre a mudança do local do jogo contra o Flamengo, nesta quinta-feira, Após ser especulado em outras praças, como Manaus e Goiânia, o clássico chegou a ser confirmado na Arena Botafogo, mas o rival Alvinegro recuou e o Fla-Flu foi confirmado no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, que não atrai grandes públicos.

- Em nenhum momento voltamos atrás sobre onde seria o Fla-Flu. Nossa vontade era que fosse em Edson Passos. Conversamos com as entidades de segurança e o governo do Estado. Tentamos até o último minuto, mas a questão de não ter saídas em duas ruas diferentes, impediram que fosse realizado lá. A gente tinha a opção de jogar em Manaus, mas surgiu, através da Ferj, de jogar no Engenhão. Quando o Engenhão mostrou estar interditado, chegamos a um consenso com o Botafogo de jogar na Ilha. No dia seguinte, por razões que só o Botafogo pode explicar, tivemos que procurar outro lugar para jogar. Estádio tem sido um problema desde que o Maracanã fechou. A ideia era de levar o jogo para Manaus e a CBF entendeu que não poderia mais tirar o jogo do Rio de Janeiro. Então a própria Ferj indicou o Raulino de Oliveira e vamos ter que jogar lá. Bola para frente - comentou o mandatário tricolor.

Peter Siemsen também analisou a questão da divisão das torcidas. Na Ilha, o Flu atuaria com 90% do público a favor. Já em Volta Redonda, a divisão será meio a meio, a pedido do Clube das Laranjeiras, que agradou ao Flamengo e às entidades responsáveis pela segurança nos estádios do Rio de Janeiro.

- Não havia decisão interna no clube sobre que forma seria a divisão de torcidas. A gente tinha muita discussão interna por ser um estádio que não estávamos preparados. Com relação ao Flamengo, a gente tinha contrato para divisão de receita. Tenho contrato comigo e mostrei para quem me perguntou. A nossa posição é que tenha um grande jogo. O grande palco do Fla-Flu é o Maracanã. Eu tive muito pouco o Maracanã e por isso fui um grande defensor do estádio próprio e acho que devemos fazer uma administração inteligente do Maracanã - encerrou o presidente Peter Siemsen.

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