Ex-Flu, Kenedy cita “trairagem” e revela mágoa com ex-presidente

Atacante, atualmente na Inglaterra, afirmou que Peter Siemsen nunca falou com ele e lembra polêmica em que se envolveu ao fazer sinal de silêncio para a torcida após um gol

Kenedy - Fluminense
Atualmente, Kenedy está no Newcastle, da Inglaterra, emprestado pelo Chelsea (Foto: Divulgação)

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O atacante Kenedy, cria nas categorias de base do Fluminense - atualmente, no Newcastle (ING), emprestado pelo Chelsea (ING) - revelou mágoa com o ex-presidente Peter Siemsen, que esteve à frente do clube por dois mandatos, entre 2010 e 2016. Segundo o jogador, que cita o que considerou trairagem de alguns funcionários, o ex-mandatário não foi uma pessoa honesta e nunca lhe dirigiu a palavra.

- Não sonho em voltar para o Fluminense, não. Se um dia eu tiver a oportunidade, não voltaria pelo que aconteceu. Muita trairagem. Quando saí de lá, foi uma coisa absurda. O presidente nunca veio falar comigo e isso me deixou uma mágoa. Você é atleta do clube desde o pré-mirim, chega ao profissional e o presidente nunca fala nada. Nunca veio falar comigo, nunca peguei na mão desse cara, mas também não importa mais, não. Nenhum (amor por Peter). Não tenho nada. Ele é um cara que não foi honesto e para cara assim não pode ar muita atenção. Ele e alguns, que não vou citar nomes, que quando me vê hoje é meu amigo, mas antes não falava comigo. Mas deixa para lá. - disse, em entrevista ao canal do YouTube "Pilhado".

O jogador demonstrou carinho pelo Tricolor, mas voltou a lembrar a atitude de algumas pessoas do clube com as quais não concorda.

- Minha relação é muito boa com o Fluminense. Agradeço ao Fluminense por ter aberto as portas para mim, ter me dado essa oportunidade desde a base. tem muitos profissionais lá que eu respeito. Não são todos porque são traíras, mas outros eu respeito. Toda vez que foi ao Brasil, vou lá visitar, visitar meus amigos. Tem uns que vem falar que é trairinha, que dá tapinha nas costas. Mas isso a gente deixa para lá - afirma.

Em 2014, Kenedy se envolveu uma polêmica com a torcida ao fazer um gol em uma partida contra o Cruzeiro, no Maracanã, e sair fazendo o sinal de silêncio para os tricolores, que vinham vaiando o jovem, que não passava por boa fase:

- Acho isso errado. O cara que está subindo da base é novo, não igual ao cara que está ali há muito tempo. Eu não estava em uma sequência muito boa, estava com um problema no púbis que me atrapalhava. Fiquei muito tempo com essa lesão. Aí, Fluminense e Cruzeiro no Maracanã, eu estava no banco, jogo pegando. Cruzeiro 1 a 0. Fluminense empata e vira. Cruzeiro empata e vira. Eu, no banco, estava nervoso. Virei e disse: "Waltinho (Walter, atacante), estou nervoso". Ele disse: "Calma! Você vai entrar e vai fazer o gol". Entrei e na primeira bola, o Conca deu o passe e fui dominar, mas a bola passou por baixo do pé. Torcida começou a vaiar. Pensei: "Caraca, que m... que eu fiz". Depois, pensei: "Vou ficar perto do Fred que a bola vai sobrar e eu vou fazer o gol". Dito e feito. Lançaram na área, acho que foi o Cícero, Fred vai dominar, a bola sobra e eu guardo. Aí, saí mandando calar a boca.

O atacante foi promovido ao elenco profissional em 2013 e recorda como foi o primeiro contato com alguns jogadores do grupo, como Deco, Fred e Felipe.

- Quando cheguei no profissional, vi o Deco. Não era qualquer um, não. Era o Deco, jogava com esse cara no vídeo-game. Fred, Felipe Maestro... No meu primeiro treino no profissional, tomei uma caneta do Felipe. Felipe joga demais. Ele dominou a bola e eu fui marcar ele. Ele olhou para um lado e quando dei o bote, ele canetou. Laranjeiras estava cheia, geral ficou zoando. Fiquei sem graça - brinca.

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