Dirigente do Flu lamenta saída de Michael e pede revisão da legislação

Vice-presidente de futebol Mário Bittencourt se mostrou triste com decisão do jogador

HOME - Michael - Treino do Fluminense (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)
Atacante Michael, após rescindir com o Fluminense, não tem mais vontade de ser jogador de futebol (Foto: Bruno de Lima/LANCE!Press)

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O atacante Michael solicitou a rescisão de contrato com o Fluminense na última terça-feira. O vice-presidente de futebol Mário Bittencourt, que acompanhou o caso de perto desde 2013, quando surgiu a notícia do doping por cocaína (na época era advogado do clube), falou sobre a decisão do jogador.

– É uma situação que nos deixa muito triste. Queria aproveitar para dizer que é um caso de saúde pública. Um caso muito sério de um problema que ele teve com droga. Entendemos que esse caso seja um exemplo para revermos todo o sistema legislativo em relação a isso. Normas que são duríssimas. Ele é um menino que veio de origem humilde e acabou se envolvendo nessas situações. O Michael deveria ser um exemplo - disse Bittencourt, criticando as punições dadas ao jogador.

Por ter estado muito próximo de Michael neste processo tudo, Mário revelou como viu o jogador ser afetado pela nova punição dada pelo CAS (Corte Arbitral do Esporte) em março. Na ocasião, o atacante foi suspenso novamente, desta vez até 31 de agosto e ficou dois dias sumido, sem atender telefonemas. Quando voltou, pediu para ser afastado.

– Essas punições afetam o ser humano de uma forma muito ampla. Talvez não estejamos só um atleta não, talvez até um ser humano nessa briga em relação às drogas e os problemas psicológicos - salientou.

Recentemente, logo que Michael ficou sem aparecer aos treinamentos, antes de anunciar sua saída do Fluminense, levantou-se a hipótese de que o jogador havia voltado a usar drogas. Esta possibilidade foi totalmente rechaçada por Mário Bitencourt, que voltou a pedir para que uma discussão sobre a legislação seja iniciada.

– Ele não vinha usando drogas. Ele se manteve rígido. Os abalos psíquicos que ele teve foram muito grandes. Se alguém de fora do Brasil estiver vendo, acho que temos que abrir uma discussão ampla – disse, completando logo depois.

– Alijar o jogador da sua prática profissional em razão do uso de drogas, colocando no mesmo quadrado do atleta que se vicia numa droga, usa remédios... O efeito da cocaína dura dez minutos e depois só altera a performance do atleta para pior - encerrou.

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