Artilheiro na Eslováquia sonha com chance no Flu: ‘Sei que Abel acompanha’

Em entrevista exclusiva ao LANCE!, atacante Peu abre o jogo sobre projeto tricolor na Europa, boa fase, base no Fluminense e vontade de ser mais um 'moleque de Xerém'

Peu é o artilheiro da Liga II, a segunda divisão da Eslováquia. Confira imagens do atleta no STK Fluminense Samorin
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No mês passado, o Fluminense chegou a ser o melhor ataque do país na temporada. Nos últimos três jogos, porém, o time balançou as redes apenas uma vez. Nesse mesmo período, o atacante Peu, de 24 anos, marcou cinco gols pelo Fluminense... da Eslováquia. A filial tricolor na Europa visa dar experiência aos atletas formados em Xerém e, neste caso, vem dando resultado.

- Nós jogadores aqui no Fluminense Samorin representamos um clube de grande tradição e isso, para todos nós, é motivo de grande responsabilidade e honra. Acredito muito no trabalho que tem sido feito aqui e acredito muito na importância do projeto - disse Peu ao LANCE!.

Nascido em Itajái-SC, o jogador deu os primeiros passos no futebol nas categorias inferiores do Avaí e chamou a atenção do Fluminense. Em 2013, chegou para reforçar a base de Xerém, mas nunca teve chances no elenco profissional. Para ganhar experiência, rodou por empréstimos por clubes como Légia Varsóvia (POL), Santos Laguna (MEX) e Metropolitano-SC.

Desde agosto do ano passado, é o camisa 11 do STK Fluminense Samorin, onde vive a melhor fase da carreira. Atualmente, é o artilheiro isolado da Liga II, a segunda divisão da Eslováquia, com 20 gols marcados. As chances de conquistar o acesso à elite são pequenas: apenas um time é promovido e o time está em sexto na tabela. Nada que tire o foco do atacante.

- Hoje meu trabalho é atingir os objetivos aqui. Quero continuar fazendo gols e ajudando a equipe com otimos resultados. Tudo que vier depois é fruto do meu trabalho. Me dedico muito para que novas oportunidades venham a surgir - disse o jogador, antes de revelar o desejo de jogar no Fluminense.

'Quero entrar no estádio cheio e escutar o 'Uh,vem que tem, os Moleques de Xerém''

- Todos jogadores tem o sonho de vestir a camisa do profissional do Fluminense e comigo não é diferente. Queremos entrar no estádio cheio e escutar o "Uh,vem que tem, os Moleques de Xerém". Como também há o sonho de jogar em grandes clubes europeus, Seleção, etc. Acho que o mais importante é pensar no momento que estou vivendo e continuar trabalhando forte.

Acredita que teria espaço no atual elenco do Fluminense? O clube hoje conta com Henrique Dourado, Richarlison, Pedro e Patrick para posição.

- Acredito sim que tenho chances porque sei que o Abel acompanha os jogadores que estão aqui e venho trabalhando forte há muito tempo para jogar em alto nível.

Mais da metade do elenco é formado por jogadores criados em Xerém. É um bom sinal para você?

- Tenho muitos amigos que jogaram comigo em Xerém que hoje estão no profissional. Para mim isso é resultado de trabalho bem feito na categoria de base. Xerém forma excelentes jogadores, que no futuro podem fazer a diferença no time principal. É uma divisão de base completa, a mais completa do Brasil.

O volante Luiz Fernando passou um período no STK Fluminense Samorin, retornou e ganhou chances de mostrar serviço com Abel Braga. É uma motivação a mais?

- Com certeza, me motiva sim. Luiz Fernando teve um grande destaque aqui no ano passado, fez um excelente trabalho e devido aos seus ótimos resultados conseguiu essa oportunidade de representar o time principal. Tenho certeza que não só para mim, mas para os outros jogadores do projeto ele é sim motivo de grande motivação.

Quais são as diferenças e as vantagens de jogar no futebol europeu, contando com a passagem pela Polônia?

'É diferente do estilo brasileiro onde a habilidade e a velocidade predominam'

O futebol europeu em alguns aspectos se diferencia muito do futebol brasileiro e nós temos que nos adaptar para que os bons resultados venham. O jogo aqui é muito mais físico e tático. Tem uma intensidade bem diferente do Brasil. Os jogos ficam mais disputados, truncados, estudados... É diferente do estilo brasileiro onde a habilidade e a velocidade predominam.

Em Xerém, os 'moleques' são entrosados e se entendem bem em campo. É difícil se adaptar a um país tão diferente?

'Temos que nos moldar de acordo com o futebol local. Entender a cultura é fundamental'

- Meu entrosamento com os gringos aqui é muito bom. Sempre tive um rápido entrosamento, pois tento sempre me adaptar ao estilo deles. Não estou no Brasil, estou no país deles e assim temos que nos moldar de acordo com o futebol local. Entender a cultura é fundamental. Outra coisa que ajuda muito também é tentar aprender um pouco da língua deles, o que facilita muito nossa comunicação.

Acredita que a boa fase na Eslováquia possa abrir portar para um retorno ao Brasil, mesmo que não seja no Fluminense?

Acredito sim que possa aparecer novas chances no Brasil. Trabalho para crescer cada vez mais e ter mais espaço no futebol. Hoje penso em trazer bons resultados para o Samorin e ao Fluminense. Novas chances são consequencias de um trabalho bem feito e meu foco aqui é esse, trazer otimos resultados.

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