Flamengo mira Felipão, mas exterior pode atrapalhar os planos

Nome do ex-técnico da Seleção Brasileira ganhou força no clube nas últimas semanas, mesmo antes da demissão de Carpegiani; Dorival e Cuca também são analisados

Felipão no futebol chinês, onde se encontra até hoje
AFP

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Com a demissão de Paulo César Carpegiani do comando técnico, o Flamengo já está de olho no mercado e um nome foi consenso entre os conselheiros e diretores do clube: Luiz Felipe Scolari, ex-técnico da Seleção Brasileira e pentacampeão do mundo. O treinador é visto com perfil que pode 'sacudir' o elenco rubro-negro e recuperar o ânimo de seus principais jogadores. A eliminação para o Botafogo nas semifinais do Campeonato Carioca gerou revolta na diretoria e em conselheiros.

Entretanto, apesar de ser o sonho da maioria nos bastidores do clube, o Flamengo sabe que contar com Felipão não será uma tarefa fácil. Antes mesmo de tirar Carpegiani do comando técnico, o nome do treinador, sem clube desde que saiu da China (Guangzhou Evergrande) em dezembro foi debatido pela alta cúpula. Mesmo assim, Felipão tem compromissos na Europa. Ele viaja na próxima terça-feira para Portugal e Espanha, onde irá participar de debates sobre a Copa do Mundo de 2018. O treinador fica até a metade de abril por lá e vai conversar com empresários ligados a clubes chineses e do Oriente Médio. De qualquer maneira, ele não descarta também retornar ao Brasil.

Depois de três meses longe dos bancos de reservas, o treinador já deixou claro quer quer arrumar um clube em 2018. Na China, onde conquistou diversos títulos pelo Guangzhou, seu nome é especulado constantemente. No meio do ano, os clubes de lá costumam fazer mudanças no comando e Luiz Felipe Scolari ganha força.

Dorival Júnior e Cuca também interessam; Estrangeiros, por ora, estão fora

Cientes das dificuldades de contratar Felipão, outros dois nomes foram levantados nos corredores da Gávea. O técnico Dorival Júnior, recém-demitido do São Paulo, é um deles, assim como Cuca. Os dois já passaram pelo clube e não trazem boas recordações.

Dorival, inclusive, foi o primeiro técnico demitido na gestão Eduardo Bandeira de Mello, em 2013. Naquele ano, ele não fez um grande trabalho e viu Jayme de Almeida assumir a equipe conquistar a Copa do Brasil daquele ano. Já Cuca foi campeão carioca com o Rubro-Negro em 2008, mas não teve um grande desempenho na sequência do ano.

Cuca, recentemente, rejeitou convites de alguns clubes, pois afirmou que só gostaria de voltar a ativa depois da Copa do Mundo. O Atlético-MG, clube com quem tem grande identificação, o procurou e ouviu essa resposta. Ele está sem trabalhar desde outubro do ano passado, quando foi demitido do Palmeiras. Já contra Dorival pesa os recentes trabalhos ruins. No mês passado, após um início de ano muito ruim, o treinador foi demitido do São Paulo.

Com o mercado sem muitas opções, o Flamengo, por ora, não pensa em contratar um treinador estrangeiro. O clube, neste momento conturbado, sabe que não pode arriscar como fez com Reinaldo Rueda, que trocou o Rubro-Negro pela seleção do Chile, no início da temporada. 

Por agora, Maurício Barbieri comandará os treinos interinamente. O Flamengo só volta a campo no dia 14 de abril, quando estreia contra o Vitória, no Rio, pelo Campeonato Brasileiro. A diretoria espera acertar com um novo comandante pelo menos com até cinco dias antes da estreia, para ele ter tempo de preparar o time, visando o confronto com o Santa Fe (COL), no dia 18, pela Copa Libertadores.

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