Penalber comemora a inclusão de congoleses no Time de Refugiados

Judocas Misenga Popole e Yolande Mabika moram no Rio de Janeiro e foram indicados pelo COB a fazer parte do Time Olímpico de Refugiados

Judoca - Victor Penalber (81kg)
Victor Penalber se disse sensibilizado com a situação dos judocas refugiados (Foto: AFP/Vasily Maximov)

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O judoca Victor Penalber, atleta da Equipe furnas e do Instituto Reação - que vai representar o Brasil na categoria até 81Kg nos Jogos Olímpicos Rio-2016 - aprovou a inclusão de atletas congoleses no chamado "Time Olímpico de Refugiados" anunciado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).

A entidade divulgou que os judocas congoleses Popole Misenga e Yolande Mabika se juntarão a outros oito atletas refugiados para participar dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos, marcada para o dia 5 de agosto, a equipe de refugiados desfilará carregando a Bandeira Olímpica imediatamente antes do Time Brasil, que encerra o desfile dos atletas.

Popole e Yolande se refugiaram no Brasil após abandonarem a delegação da República Democrática do Congo durante a disputa do Campeonato Mundial de Judô de 2013, no Rio de Janeiro.

O COB (Comitê Olímpico Brasileiro) foi o primeiro Comitê Olímpico Nacional a indicar atletas para a seleção feita pelo COI, por meio de indicação do judoca medalhista olímpico Flávio Canto. Popole e Yolande treinam no Instituto Reação, presidido por Canto. Regularmente os dois participam de períodos de treinamento com a seleção brasileira de judô.

- A gente se sensibiliza com a situação deles, começa a conhecer as histórias e vê o choque cultural. Eles merecem tudo isso. Torço por eles como se fossem brasileiros - disse Victor Penalber.

Ele e a equipe brasileira de judô que disputará os Jogos Olímpicos Rio 2016 participaram, na semanan passada, do Programa de Integração Time Brasil 2016, na sede do Comitê Olímpico do Brasil. O programa tem o objetivo de informar aos atletas classificados para os Jogos os preparativos do COB para a Missão Brasileira e promover a troca de experiências entre eles.

- Essa é uma grande iniciativa do Comitê Olímpico Internacional e mostra como o esporte pode ajudar as pessoas. A nossa torcida pela inclusão deles na equipe foi muito grande e estamos contentes de que o nosso apoio ajudou a realização desse sonho olímpico - disse o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.

Desde que foram identificados, os judocas recebem, através de repasses do COB, uma verba oferecida pelo COI para ajudar na preparação para os Jogos Olímpicos. Inicialmente, 43 candidatos à vaga olímpica foram identificados por Comitês Olímpicos Nacionais e Federações Internacionais. Os critérios de indicação incluíram nível esportivo, confirmação da condição de refugiado pela Organização das Nações Unidas, entre outros quesitos.

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