Após sonho, ginástica masculina fica em sexto lugar

Atuação no solo prejudica equipe, que, mesmo assim, faz história

Sergio Sasaki - Ginástica Artística Masculina do Brasil
Sérgio Sasaki é um dos atletas da Equipe Furnas da Seleção de ginástica (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

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Estar na final era difícil. Brigar com grandes equipes, também. Tentar uma medalha, um sonho. Mas nesta segunda-feira (8/8), os ginastas brasileiros foram empurrados por milhares de vozes e, assim, começaram a sonhar. Na prova por times masculinos da ginástica, o Brasil era um dos melhores após cinco de seis rotações. Na quinta, o solo, porém, o sonho chegou ao fim e a Seleção terminou na sexta colocação na final. Atletas da Equipe Furnas, Arthur Zanetti, Diego Hypolito e Sérgio Sasaki estiveram em ação.

O primeiro aparelho foi aquele que mais oferece lembranças positivas ao Brasil: as argolas. Zanetti era o principal destaque. E não fez feio. Apoiado pela torcida, conseguiu uma boa nota e colocou a primeira "fagulha" no sonho de uma medalha.

Na segunda rotação, o salto, Foi a vez de Sasaki e Arthur Nory mostrarem que não estavam com vontade de acordar tão cedo... As boas notas de ambos colocaram o Brasil na quarta colocação após a rotação.

Nas barras paralelas, Sasaki foi novamente o astro. O ginasta mais completo do Brasil colocou o time nas costas pela segunda vez e manteve o país na briga por uma medalha histórica na modalidade. Seria possível?
Se havia alguma dúvida no ar, a apresentação de Francisco Barreto Júnior na barra fixa fez questão de mostrar a todos: o Brasil estava lá. E não foram só os ginastas que mostraram isso. A torcida, gritando muito por seus atletas, dava a confiança que colocava o país em um quarto lugar na decisão.

Chegou a vez do solo. A prova em que o Brasil tem mais classificados para finais individuais, com Hypolito e Nory. A disputa que serviria para, quem sabe, roubar a terceira colocação da Grã-Bretanha, e sonhar ainda mais alto, pensando na bandeira da nação no pódio?

Sasaki foi o primeiro a se apresentar. Mostrava confiança, respirava fundo e, no primeiro salto, foi ao chão. Mas não de pé, sentado. Naquele exato momento, a expressão da comissão técnica e dos atletas brasileiros era a mesma, aquela de quem acorda assustado, pedindo apenas mais cinco minutinhos para continuar o sonho, encerrado abruptamente por uma nota 12,100.

Nem o bom desempenho de Hypolito na prova (15,133) ou dos outros integrantes da equipe no cavalo com alças foi capaz de fazer com que os brasileiros pudessem sonhar novamente.

Era hora de acordar. Mas nem tudo são lamentos. Após classificar pela primeira vez uma equipe à uma edição de Jogos Olímpicos, os brasileiros se garantiram na final e, no fim, terminaram na sexta colocação geral. Um bom desempenho que já abre um próximo sonho na cabeça do torcedor: por que não em Tóquio (JAP) daqui a quatro anos? É aguardar para ver. Ou melhor, sonhar.

Veja abaixo a performance dos brasileiros em cada aparelho:
- Argolas:
Arthur Zanetti - 15,566
Francisco Barreto - 14,400
Sérgio Sasaki - 14,366

- Salto
Sérgio Sasaki - 15,133
Arthur Nory - 15,066
Diego Hypolito - 14,833

- Barras paralelas:
Sérgio Sasaki - 15,133
Francisco Barreto - 14,700
Arthur Nory - 14,700

- Barra fixa:
Francisco Barreto - 15,166
Arthur Nory - 14,933
Sérgio Sasaki - 14,566

- Solo
Diego Hypolito - 15,133
Arthur Nory - 14,500
Sérgio Sasaki - 12,100

- Cavalo com alças
Sérgio Sasaki - 14,633
Arthur Nory - 14,400
Francisco Barreto - 14,400

Confira a classificação final da competição:
1) Japão - 274,094
2) Rússia - 271,453
3) China - 271,122
4) Grã-Bretanha - 269,752
5) Estados Unidos - 268,560
6) Brasil - 263,728
7) Alemanha - 261,275
8) Ucrânia - 202,078

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