Yago se diz preparado para desafio no Timão: ‘Não estou para brincar’

Titular na zaga após a saída de Gil, zagueiro de 23 anos admite que tem seu maior desafio com a camisa do Corinthians. Ele se espelha em antecessor para conquistar Tite e a Fiel

Iago Corinthians
Yago em treino do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr./Agencia Corinthians)

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Aos 23 anos, o zagueiro Yago inicia a temporada com uma dura missão no Corinthians: substituir Gil, que foi eleito nos últimos dois anos um dos melhores defensores do Campeonato Brasileiro e se transferiu para o Shandong Luneng, da China. Por isso, o jovem admite que tem agora o seu maior desafio com a camisa do Timão.

No ano passado, o zagueiro chegou a ser titular improvisado em três jogos na lateral esquerda quando Uendel e Guilherme Arana estavam lesionados. Mas nada se compara à responsabilidade que terá neste início de temporada.

– Essa oportunidade é bem mais difícil, porque é a minha posição. Teoricamente, se você for pensar, se eu não fosse bem na lateral esquerda poderia falar que não estava na minha posição. Agora, não. Estou na minha, substituindo um jogador que era um dos capitães da equipe, e com certeza isso é muito mais difícil – admitiu Yago, que chegou ao Timão em 2011, ainda nas categorias de base, após começar na Portuguesa.

O novo desafio não intimida Yago, que se diz preparado e confiante para buscar seu espaço. Embora saiba que um concorrente mais renomado ainda deve chegar ao Timão, ele quer aproveitar as primeiras rodadas do Campeonato Paulista para agarrar a chance tão esperada.

– Penso no dia de hoje, sou um cara bem pé no chão e sei do que eu posso alcançar. Não estou no futebol para brincar, sei do meu potencial, mas sempre com pés no chão. Sei também que deve chegar um outro zagueiro de peso, mas vou vivendo o dia a dia. Vou buscar minhas oportunidades, ir tranquilo para, quando menos esperarem, eu estar super bem como titular – projetou.

Para isso, Yago se espelha na trajetória de seu antecessor. Ainda “desconhecido”, Gil foi contratado no início de 2013, do Valenciennes, da França. A dupla titular que havia conquistado o Mundial de Clubes no ano anterior era formada por Paulo André e Chicão. Entretanto, Gil teve oportunidades com a lesão de Chicão e se consolidou na equipe.

– Eu acompanhei o início do Gil aqui no Corinthians. Quando ele chegou, não era conhecido e tinha uma certa desconfiança por parte da torcida. O Gil começou assim, fazendo o simples, com tranquilidade, foi indo jogo a jogo. Na hora que o Chicão voltou de lesão já não tinha mais como tirar o Gil do time. Então, me espelho nisso. Ele comeu quieto, foi soltando aos poucos e, quando todo mundo viu, ele virou o Gil que a gente conhece – afirmou o zagueiro.

Yago começará o desafio no domingo, na estreia do Corinthians no Paulistão. Será a hora de ele colocar em prática o que tem em mente: aos poucos conquistar Tite e a Fiel.

Confira a entrevista exclusiva com Yago:

Qual foi a sensação quando Gil confirmou a saída do Corinthians?

A gente tem que estar preparado para tudo no futebol, ninguém sabe o dia de amanhã. No início do ano falavam que ele ia sair, então eu já vinha me preparando psicologicamente para caso surgisse essa oportunidade. Ele realmente saiu, e confesso que na hora eu senti um misto de realmente ele saiu, confesso que na hora eu senti um misto de sensações. Pela pessoa que é, um líder, aprendi bastante com ele, mas ao mesmo tempo imaginei que seria a oportunidade mais importante aqui no clube. Estou feliz pela oportunidade neste momento.

Quais são suas semelhanças e diferenças com o Gil?
Eu creio que somos parecidos na serenidade, não somos de explodir dentro de campo, somos mais tranquilos. Ele era maior, mais forte, tem umas características diferentes. Ele era mais de jogar sério e eu dificilmente gosto de dar um bicão para frente. É um estilo diferente, mas ao mesmo tempo sem ter muita diferença (risos). O Gil é um cara insubstituível. Pode ser que eu consiga me firmar na equipe, só que dificilmente vou ser um novo Gil ou coisa assim, não com as mesmas características que ele tem.

O Gil chegou a falar com você antes de se despedir do elenco?
Não. A despedida dele (ainda nos Estados Unidos) foi algo mais contido, mais no clima de despedida mesmo. A gente tem que superar essa saída dele, até porque o futebol não vive de passado ,tem que provar todo dia. Se olhar para trás não rende no dia de hoje. Creio que já passou, agora é pensar para frente. Tenho que me preparar para poder deixar boas impressões nas oportunidades que eu tiver. Vou dar o máximo para tentar me firmar na equipe titular, que é o meu objetivo para esta temporada.

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