Timão muda, Bruno Henrique ganha confiança e crê em briga por título

Corinthians passou a jogar no 4-2-3-1 em vez do 4-1-4-1. Agora, com a companhia de Cristian, volante tem mais liberdade para avançar ao ataque. Ele marcou na última rodada

Bruno Henrique marcou diante da Pontre Preta 
(foto:Ale Cabral/LANCE!Press)

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A mudança tática no Corinthians, do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1, deu mais liberdade para Bruno Henrique. Agora com a companhia de Cristian, ele volta a atuar em sua posição de origem, podendo chegar mais ao ataque para finalizar, uma de suas principais características.

A formação foi utilizada na rodada passada, quando o Corinthians venceu a Ponte Preta por 3 a 0 na Arena. Na ocasião, Bruno Henrique apareceu na entrada da área e marcou o seu primeiro gol nesta temporada.

Neste domingo, no duelo com o Sport, às 11h, na Ilha do Retiro, pela quarta rodada do Brasileirão, o técnico Tite manterá a equipe. E Bruno Henrique terá mais uma chance para provar que pode ser fundamental nesta nova posição. Confiança ele tem de sobra após marcar na quinta-feira.

– Não tem como negar que marcar gol sempre é importante e dá mais confiança, sim. Mas o Tite é um cara muito correto e sempre me apoiou e me passou muita confiança. Em nenhum momento me senti pressionado – afirmou Bruno Henrique, em entrevista ao LANCE!.

– Nessa nova posição eu tenho mais liberdade para chegar à frente, ficar mais perto do gol, e a chance de marcar um gol aumenta. Até porque sou um cara que gosta de chutar de longe, e eu treino muito esse fundamento. Eu sempre joguei mais avançado, mas amadureci bastante ao longo dos anos e me adaptei a outras posições. No começo é mais complicado, mas, aos poucos, você acaba se acostumando – acrescentou o jogador.

Bruno Henrique tem sido um dos pilares do Corinthians em meio à reformulação e é o segundo jogador que mais atuou na temporada, com 25 partidas (ao lado de Fagner e atrás de Romero, com 28). Além disso, de acordo com o Footstats, o volante lidera duas estatísticas no elenco neste Campeonato Brasileiro: ele é o atleta com o maior número de passes certos, com 165, e também lidera o número de desarmes, com 11.

Confiante mesmo após as eliminações no Paulista e na Libertadores, Bruno Henrique acredita no potencial do Timão para brigar pelo Brasileirão e Copa do Brasil. Para isso, ele relembra o ano passado, quando o Corinthians também sofreu duas eliminações no primeiro semestre e acabou a temporada com o hexacampeonato brasileiro.

– Não é fácil remontar a equipe em tão pouco tempo, ainda mais no Brasil, onde o calendário é apertado. Mas o Corinthians é gigante e em todo campeonato entra para disputar o título. Ano passado sofremos críticas pesadas no início do ano, quase ninguém acreditava no time, e fizemos um excelente Campeonato Brasileiro. O nosso objetivo é brigar pelos títulos do Brasileiro e da Copa do Brasil!

COM A PALAVRA: Cláudio Tencati, técnico do Londrina, onde Bruno Henrique se destacou atuando mais avançado no meio de campo.

"Trabalhei com o Bruno em 2011, 2012 e 2013, três temporadas seguidas. Ele veio do Iraty para o Londrina comigo, aí subimos juntos para a Primeira Divisão do Paranaense. Ele sempre foi dedicado, esforçado e muito qualificado. E eu sempre utilizei como segundo volante e às vezes até terceiro homem de meio-campo, em alguns momentos alternava. Eu joguei em 2013, quando ele teve o salto de qualidade, com três volantes, sendo um centralizado e dois de lado. Ele jogava pela direita e se destacou porque articulava, distribuía.

Me surpreendeu o Tite escalar o Bruno de primeiro volante, porque quando trabalhou comigo ele não tinha tanta virtude na marcação. E na Portuguesa também se destacou saindo mais para o jogo. Mas é mérito do Tite. Agora não há dúvida de que há mais possibilidade do Bruno se destacar mais à frente, pois arremata muito bem, se aproxima do gol, tem essas qualidades. Vai acrescentar mais para o Corinthians à frente.

O Londrina não tinha calendário, e no Estadual de 2012 não conseguimos vaga em torneios nacionais. Depois do Paranaense alguns jogadores foram emprestados, mas ninguém levou o Bruno. Então ele ficou um período inativo, praticamente 90 dias só treinando, sem jogar. Ele chegou em mim desanimado, não sabia se conseguiria ter uma carreira. Eu disse que ele precisava de foco e não desanimar. Trabalhamos dinâmica, intensidade, tiramos essa interrogação e depois ele fez muito sucesso em 2013. Foi emprestado à Portuguesa, foi bem, e depois vendido ao Corinthians, onde está até hoje, com mais de 100 jogos."

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