Corinthians nega riscos na Arena, mas presidente admite preocupação

Segundo Roberto de Andrade, construtora Odebrecht é quem terá que dar explicações sobre os problemas de estrutura no estádio corintiano. Em nota, clube se posiciona

Roberto de Andrade - Corinthians
Presidente do Corinthians diz não temer que Arena seja interditada (Foto: Marco Galvão/LANCE!Press)

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O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, comentou nesta terça-feira sobre os problemas de estrutura na Arena Corinthians, que estaria com grande vazamento de água no subsolo e risco de deslizamento, segundo reportagem publicada pelo jornal "Folha de São Paulo". De acordo com o dirigente, quem terá que responder sobre o caso é a construtora Odebrecht, que foi a responsável pela construção do estádio. Entretanto, Andrade afirmou que o problema causa preocupação.

- A gente fica preocupado por conta da segurança de todos os usuários do estádio - afirmou o presidente do Corinthians, que também comentou sobre o risco da Arena ser interditada.

- A gente não tem que temer (do estádio ser interditado). Precisamos que a engenharia ateste se a Arena está apta a ser usada ou não, é isso que a gente quer - afirmou o dirigente. 

Um vazamento de mais de dez milhões de litros d'água sob a Arena Corinthians foi descoberto em junho deste ano e causa risco de deslizamento de terra na área externa do estádio, o que tem potencial para atingir a Radial Leste, principal avenida desta região de São Paulo e que passa ao lado da Arena.

Por meio de nota oficial, o clube negou risco de deslizamento após entrar em contato com a construtora.

"Uma equipe de manutenção trabalha diariamente e verifica minuciosamente as condições para que os torcedores estejam em completa segurança no estádio e, até o momento, não há informação vinda da Odebrecht para qualquer risco de deslizamento", escreveu o Corinthians.

- Quem vai responder sobre isso, se tem problema ou não, é a construtora. Eles que construíram o estádio e são aptos a falar sobre isso. A engenharia vai até a obra e atestar se tem problema ou não - relatou Roberto de Andrade. 

Já houve um deslizamento por causa de chuvas em fevereiro do ano passado, mas a água chegou somente à calçada da Radial. Agora, segundo a denúncia, o risco aumentou, o que faria a água invadir a pista e colher quem passa por ela. O Corinthians acredita que o deslizamento de 2015 tem relação com o vazamento no estacionamento e realiza uma auditoria interna para investigar o problema - a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) alertou para o consumo excessivo de água no estádio, de acordo com a "Folha".

Além da denúncia do possível vazamento, a matéria ainda apresenta outras possibilidades de risco na Arena Corinthians: placas de granito têm caído das paredes, lâminas de três milímetros de espessura de três metros por um de comprimento já voaram da fachada, a cobertura do estádio está acumulando água por falta de limpeza das canaletas de escoamento, há buracos no piso ao redor do estádio e rachaduras em paredes. Em fevereiro de 2016, vale lembrar, um pedaço do teto da entrada principal da Arena foi ao chão, mas ninguém estava no local no momento do acidente.

VEJA A NOTA OFICIAL DO CORINTHIANS SOBRE O CASO:

Desde as primeiras horas do dia, a Arena Corinthians e o Sport Club Corinthians Paulista estão em contato com a Odebrecht, responsável pela obra do estádio, para verificar as informações veiculadas em matéria publicada nesta terça-feira (01/11) na Folha de S. Paulo.

Uma equipe de manutenção trabalha diariamente e verifica minuciosamente as condições para que os torcedores estejam em completa segurança no estádio e, até o momento, não há informação vinda da Odebrecht para qualquer risco de deslizamento. A Arena e o clube reforçam, ainda, que toda a construção do estádio está passando por uma auditoria externa, como é de conhecimento público.

A Arena Corinthians e o Sport Club Corinthians Paulista esclarecem também que foram procurados pela Folha de S. Paulo apenas para responder sobre o funcionamento do estacionamento do setor Leste e não foram questionados previamente sobre os outros pontos abordados na matéria. Se fossem, teriam esclarecido as informações ao jornal; como farão, junto com a Odebrecht, nas próximas horas.

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