De finanças a racha político: queda traz problemas à tona no Corinthians

Perda de milionárias receitas com bilheterias para o pagamento da Arena, chance de caça às bruxas na base, reclamações sobre time e departamento médico causam turbulência

As imagens de mais uma queda do Timão
<br>(Foto:Marco Galvão/fotoarena)

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Além do fim do sonho de reconquistar a América e voltar ao Japão em 2016, a eliminação do Corinthians nas oitavas de final da Copa Libertadores cria alguns problemas e traz à tona outras questões que já rondavam o clube.

O aspecto financeiro é um dos principais. E nem tanto pelas premiações oferecidas pela Conmebol, organizadora do torneio, que são consideradas baixas, mas principalmente pelos ganhos indiretos. Além de perder poder de barganha na busca por patrocínios e parcerias comerciais, o Timão deixa de ter milionárias receitas de bilheteria, fundamentais para o pagamento do financiamento da Arena.

Duas rendas como a do jogo contra o Nacional (URU), por exemplo, de R$ 2,8 milhões, são quase suficientes para pagar a prestação mensal ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Social), de R$ 5,7 mi.

O racha político enfrentado pelo clube também deve aumentar de proporção com a queda. Após denúncias de estelionato nas categorias de base, o grupo que comanda o clube está abalado, e o presidente Roberto de Andrade sofre pressão para fazer uma caça às bruxas.

Em relação ao futebol, até o momento as cobranças sobre a diretoria são contidas. Houve protestos de torcedores que estavam próximos ao camarote da cúpula na Arena, quarta-feira, mas em pequeno número.

Nem mesmo o departamento médico escapa das “cornetas”, por conta de como administrou a lesão de Elias, no início do ano, e pelo recente caso de doping do zagueiro Yago. Entretanto, dirigentes e o técnico Tite já defenderam o setor em público.

Idolatrado pela torcida e com total respaldo da direção, o treinador não é abalado, mas nem por isso deixa de sofrer contestações. Uma delas se refere à insistências dele, como em manter Guilherme no time quando ele estava mal e sacá-lo às vésperas de decisões, e também por não escalar Romero. Porém, é quase unânime a ressalva de que reconstruir o time em 2016 era tarefa dificílima.

– O Corinthians vinha crescendo, com a terceira melhor campanha da Libertadores e a melhor do Paulista. O torcedor está sentido a queda, nós também... – lamentou Tite, que terá a missão de “juntar os cacos” até a estreia no Brasileirão, no próximo domingo, dia 15, contra o Grêmio.

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