Edu explica saída do Timão, deseja sorte a Oswaldo e não descarta volta

Ex-diretor adjunto de futebol concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, após deixar o cargo, e admitiu não concordar com a contratação do novo técnico do Corinthians

Roberto de Andrade e Eduardo Ferreira juntos
Eduardo Ferreira deixou o cargo por não concordar com decisão do presidente Roberto de Andrade (Divulgação)

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Após deixar o cargo de diretor adjunto de futebol do Corinthians, Eduardo Ferreira concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava. O ex-dirigente explicou sua saída, que foi por conta de divergências com o presidente Roberto de Andrade em relação à contratação do técnico Oswaldo de Oliveira.

- Não é um momento agradável. Pensava em fazer isso (deixar o cargo) só no fim do ano. Pela forma como foi conduzida a negociação com o novo treinador, resolvi respirar novos ares. Queria agradecer ao Roberto, ao Andrés (Sanchez, ex-presidente e pessoa influente no clube) e a todos os funcionários. Toda a comissão técnica, em especial a Fábio Carille e todo elenco - disse Edu Ferreira.

- Nós vínhamos comentando internamente, com o Alessandro (Nunes, gerente de futebol), Lázaro, Mauro (integrantes da comissão técnica), Fabio Carille, sobre outros nomes. Não fui consultado sobre o Oswaldo, e tinha vários nomes que a gente estava consultando. Ao Oswaldo, boa sorte, tem tudo para fazer bom trabalho - acrescentou.

Apesar de não concordar com a contratação de Oswaldo de Oliveira, o ex-dirigente desejou sorte ao novo técnico do Corinthians. Edu Ferreira, inclusive, conversou pessoalmente com o treinador, antes da apresentação dele no CT Joaquim Grava.

- O presidente escolhe quem ele quiser, não tenho nada contra o Oswaldo. Me dedico demais. Entrei na sala do professor Oswaldo de Oliveira agora e deixei claro que não tenho nada contra ele, vou torcer por ele - afirmou.

Por fim, Edu Ferreira não descartou voltar algum dia a ter um cargo no Corinthians. Por enquanto, porém, ele disse pensar apenas em ser torcedor.

- Vou voltar a ser apenas torcedor, antes eu era torcedor e dirigente. Foi uma tremenda satisfação, orgulho, o que me dediquei ao futebol. Tudo o que eu podia fazer, eu fiz. Se voltaria? Com certeza, quem sabe um dia volto - declarou.

A ideia inicial de Eduardo Ferreira era pedir demissão no fim do ano, mas viu o processo de contratação do novo técnico como a gota d'água. Principal responsável pelo departamento de futebol, o ex-dirigente vinha sendo muito cobrado, inclusive pela Fiel torcida, e sente-se isolado e também sobrecarregado no cargo. Ele acumulou funções com as saídas do ex-diretor de futebol Sergio Janikian, em maio do ano passado, e do ex-gerente Edu Gaspar, em junho. Outro agravante é o fato de Andrés Sanchez, padrinho político dele, estar cada vez mais afastado das tomadas de decisão do clube.

Agora sem Edu Ferreira, que ficou mais de um ano e meio no cargo, o presidente Roberto de Andrade busca seu novo homem forte do futebol para os próximos meses.

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