Crise e impeachment influenciam em busca de novo técnico no Corinthians

Mudança de postura do presidente Roberto de Andrade nesta troca faz com que 'palpites' sejam ouvidos Guto Ferreira, Jair Ventura, Paulo Autuori e Luxemburgo são os cotados

Presidente do Corinthians busca reforço
 (Foto: Alan Morici)

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A expressão abatida de Roberto de Andrade na entrevista coletiva em que explicou a demissão do técnico Oswaldo de Oliveira reflete bem a situação vivida pelo presidente corintiano. Alvo de processo de impeachment, o dirigente está fragilizado. E é exatamente por isso que deve adotar agora postura diferente da que teve na escolha do último treinador do Timão.

Há dois meses, o presidente bateu de frente até com aliados e, praticamente sozinho, optou por Oswaldo. A decisão monocrática não deu certo e o enfraqueceu ainda mais politicamente. Agora, Andrade sabe que dificilmente encontrará um nome de consenso, mas pretende ouvir diversas correntes no Parque São Jorge.

Tal postura aumenta o leque de opções alvinegras para o comando da equipe em 2017. Guto Ferreira, atualmente no Bahia, Jair Ventura, do Botafogo, e Vanderlei Luxemburgo, desempregado, são os mais cotados pela cúpula alvinegra – por motivos diferentes. Os dois primeiros são vistos como mais atualizados e promissores, enquanto o veterano é tido como um “escudo” da diretoria e capaz de motivar um elenco que careceu de vibração nesta temporada.

Por outro lado, a ala do clube que antes defendia a contratação de Eduardo Baptista (apalavrado com o Palmeiras para 2017) agora pede a chegada de Paulo Autuori, que está no Atlético-PR. Porém, assim como no caso de Jair Ventura, o fato de o técnico estar empregado em um time que disputará a Copa Libertadores dificulta um possível acerto.

Para achar o nome com melhor aceitação, Roberto de Andrade consulta aliados. A reunião do Conselho Deliberativo do clube, na noite desta quinta-feira, foi usada como um termômetro. Lá ele conversou com algumas das pessoas que decidirão no início do ano que vem se ele terminará o seu mandato, em fevereiro de 2018, ou se será destituído antes.

– Eu sempre ouvi. É um pouco de lenda que fui eu que trouxe o Oswaldo, mas é sempre o presidente que define. Sempre a palavra final é do presidente. Eu não fiquei sozinho no nome do Oswaldo, pelo contrário. Muita gente ficou do lado. Agora não será diferente – disse o mandatário, que há três semanas chegou a ser internado após problema cardíaco.

Mais do que pressa, o Corinthians tem cautela na escolha do técnico.

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