Conselho do Corinthians vota pelo fim do Chapão; entenda novo método
A partir da próxima eleição, escolha será feita com chapas de 25 conselheiros. Dez primeiras vencem, sendo que as oito mais votadas tomam posse. Reunião teve protesto
O Conselho Deliberativo do Corinthians se reuniu na manhã deste sábado, na Arena, e votou pelo fim do chamado Chapão. O modelo, que estava em vigor desde a aprovação do novo estatuto, em 2008, previa a eleição de 200 conselheiros automaticamente com o candidato a presidente vitorioso. A partir da próxima eleição, a escolha será feita com chapas de 25 conselheiros. Das dez primeiras que vencem, as oito mais votadas tomam posse (totalizando os 200 conselheiros), enquanto as outras duas ficam como suplentes.
A reunião deste sábado contou novamente com o protesto da Gaviões da Fiel, maior organizada do clube. Em outras reuniões, a torcida já havia pedido o fim do Chapão. Além da oposição, os próprios dirigentes atuais admitem que o formato não era democrático, já que uniformiza a visão de um importante órgão de cobrança e acompanhamento.
O novo método de eleição dos conselheiros foi definido apenas em segundo turno. A outra opção era a votação no Chapão ou em cinco candidatos. Com isso, o quociente eleitoral decidiria a quantidade de conselheiros para cada chapa. Por exemplo: se o presidente tivesse 60% dos votos, ele levaria 60% dos conselheiros.
Na reunião deste sábado, o Conselho também aprovou a criação de uma espécie de Lei da Ficha-Limpa, que impede que um conselheiro condenado se candidate a qualquer cargo no clube por oito anos, além da inelegibilidade por dez anos de dirigentes que tenham sido afastado por irregularidades.
As novas medidas já passam a valer na próxima eleição. O atual mandato de Roberto de Andrade tem validade até fevereiro de 2018.