Quatro anos do maior vexame da história: 8 de julho, o dia do 7 a 1

No dia em que a Seleção chegou ao Brasil eliminada da Copa do Mundo, o maior fiasco do futebol nacional faz aniversário. Quatro atletas da partida de 2014 atuaram na Rússia

Placar do Mineirão em 8 de julho de 2014
Foto: Reuters

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No dia em que desembarcou no Rio de Janeiro após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira, aplaudida pela torcida pela campanha na Rússia, completa quatro anos de seu maior vexame. Foi em 8 de julho de 2014, no Mineirão, que o Brasil tomou a maior goleada de sua história e deu adeus ao torneio humilhada pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha.

Julio Cesar, Maicon, Dante, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Paulinho) e Oscar; Hulk (Ramires), Bernard e Fred (Willian) foram os jogadores que estiveram em campo, sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Marcelo, Fernandinho, Paulinho e Willian foram os jogadores que estiveram na campanha da Copa da Rússia. Thiago Silva, suspenso na ocasião, e Neymar, machucado, não atuaram há quatro anos. Os seis foram titulares na derrota por 2 a 1 para a Bélgica, na última sexta, encerrando a campanha brasileira.

Foi um vareio de proporções até hoje não compreendidas. Imagine, por exemplo, que nem a Inglaterra conseguiu alcançar o placar jogando contra a estreante e frágil seleção do Panamá, na Copa de 2018: parou em 6 a 1, pela primeira fase. O outro jogo com o mesmo número de gols no Mundial que está em andamento aconteceu no mesmo grupo: Bélgica 5x2 Tunísia.

A Seleção Brasileira tomou cinco gols em menos de meia hora de jogo em Belo Horizonte. Aos 28 minutos, Khedira marcou o quinto, após Müller, Klose e Kroos (dois) já terem passeado pela área do Brasil. Schürrle terminou a lavada com dois gols no segundo tempo. Oscar marcou o gol de honra no fim.

Os alemães mal comemoraram os gols no Mineirão tamanha a facilidade. O sentimento inicial de tristeza dos torcedores brasileiros virou vergonha. Muitos passaram a rir da situação. "7 a 1" virou piada nacional para diversas situações.

A Seleção Brasileira só recuperou-se de fato do tombo dois anos depois, quando Dunga, que entrou no lugar de Felipão após a Copa, deixou o cargo de treinador para a chegada de Tite, em agosto de 2016. Antes disso, o Brasil amargou eliminações em duas Copas Américas: para o Paraguai, em 2015, e na fase de grupos (contra Peru, Equador e Haiti) em 2016. 

Tite assumiu e chegou à Copa do Mundo com apenas uma derrota, num amistoso para a Argentina. Venceu, inclusive, a Alemanha, por 1 a 0, em Berlim, em teste de preparação. A segunda derrota com o treinador aconteceu na última sexta-feira, em Kazan, na Rússia, quando ele chegou a 26 jogos no cargo. O treinador foi convidado pela CBF a seguir na Seleção até a Copa de 2022.

A Alemanha, campeã do mundo após o massacre de 2014, quando venceu a Argentina por 1 a 0 na final, caiu na primeira fase na Copa da Rússia.

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