‘Novo Puyol’, Umtiti se agiganta, salva Giroud e leva França à final

Zagueiro nascido em Camarões tem apenas 1,83m de altura, mas bateu o gigante Fellaini para marcar o gol que classificou os franceses. Ele foi apelidado por Neymar no Barcelona

França x Bélgica
Zagueiro Umtiti comemora o gol da classificação da França (Foto: AFP)

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Ele nasceu em Camarões, tem 1,83m de altura, mas se agigantou para levar a França à final da Copa do Mundo na Rússia. O zagueiro Umtiti saiu como herói da classificação ao marcar de cabeça, completando cobrança de escanteio, o gol da vitória de 1 a 0 sobre a Bélgica na semifinal em São Petersburgo. O camisa 5 superou a marcação de Fellaini, de 1,94m, para vencer o também grandalhão Courtois, de 1,99m. Um gol histórico, que lhe rendeu o prêmio de melhor jogador da partida em eleição da Fifa.

Gol de quem chegou ao Barcelona em 2016 como promessa, contratado do Lyon (FRA), e se firmou como um dos grandes zagueiros do futebol mundial. A velocidade e firmeza na defesa renderam elogios de atletas brasileiros com quem atuou e um apelido de responsabilidade. No Barça, era chamado por Neymar e Rafinha, hoje na Inter de Milão (ITA), de "novo Puyol", alusão ao ex-zagueiro espanhol, um dos maiores ídolos da história do clube catalão e da seleção espanhola, campeão do mundo em 2010.

Aos 24 anos, Umtiti tem trajetória recente na França. Estreou apenas em 2016, nas quartas de final da Eurocopa contra a Islândia em casa. Desde então, foram 24 jogos e três gols, somado o desta Copa. Nada mal. Além de levar o país que escolheu para viver, já que é naturalizado, à terceira final de Copa, compensou a falta de efetividade de quem deveria ser o responsável pelos gols: o centroavante Giroud.

Mais uma vez, o atacante do Chelsea (ING) passou a partida sem acertar um chute sequer ao gol de Courtois. Ainda não marcou nem acertou a meta nesta Copa do Mundo. Mas tem sido bancado pelo treinador Didier Deschamps e só foi substituído aos 39 minutos do segundo tempo por N'Zonzi. Contou com a ajuda do colega e defensor. A França já viu esse filme. 

Em 1998, quando foi campeã em casa, a seleção também contou com o brilho de um defensor nas semifinais. Na vitória por 2 a 1 sobre a Croácia, o lateral-direito e zagueiro Lilian Thuram anotou os dois gols, salvando os atacantes que também eram questionados. A França tinha o jovem Thierry Henry, na época com 21 anos, no banco, mas os centroavantes eram os limitados Dugarry e Guivarc'h. 

Umtiti é da leva de jogadores nascidos na África, mas que se naturalizaram franceses e hoje disputam uma final de Copa do Mundo. Coisa de gente grande. Coisa de gigante. 

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