Curiosidades das Copas: O campeão que foi demitido antes do fim

Parreira, que levou a Seleção Brasileira ao tetra em 94, foi mandado embora da Arábia Saudita quatro anos depois restando ainda um jogo por disputar

Os jogadores brasileiros celebram e vibram com o técnico do tetra, Carlos Alberto Parreira
Em 94, Parreira foi campeão do mundo com o Brasil (Foto: AFP/GABRIEL BOUYS)

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Em 94, o Brasil encerrou jejum de 24 anos sem título mundial. O tetra, na Itália, foi conduzido por Carlos Alberto Parreira, que teve ali seu nome eternizado na história do futebol mundial. A honraria, porém, não o impediu de passar por uma situação embaraçosa quatro anos depois, na França. O brasileiro dirigiu a Arábia Saudita, perdeu o dois primeiros jogos e foi mandado embora antes da terceira partida. 

Naquele Mundial, os sauditas caíram no grupos do país-sede, que tinha também África do Sul e Dinamarca. Na estreia, perderam por apertado 1 a 0 para os dinamarqueses. Na sequência, levaram goleada dos franceses de 4 a 0. As duas derrotas deixaram os árabes sem chances de classificação e enfureceram o príncipe Faisal Bin Fahd, filho do rei e que presidia a federação local. Ele não teve pudores em demitir Parreira e colocar Mohamed Al-Kharashy na direção do time contra a África do Sul - empate por 2 a 2. 

Além de Brasil, que voltaria a treinar em 2006, e Arábia Saudita, Parreira comandou outras três seleções em Mundiais: Kuwait (82), Emirados Árabes (90) e África do Sul (2010), sempre parando na fase de grupos. Em 2014, foi coordenador técnico da Seleção na campanha que culminou com o vexaminoso 7 a 1 para a Alemanha.

Coube a Parreira a missão de dirigir a África do Sul, anfitriã na Copa de 2010. Alguns bons resultados foram obtidos, como o empate por 1 a 1 com o México e a vitória de 2 a 1 para a França. Mas a equipe foi eliminada na primeira fase.
Parreira comandou a África do Sul na Copa de 2010, caindo na primeira fase (FOTO: ANTON DE VILLIERS / AFP)

SÍNDROME DE 98

Parreira não foi o único técnico a ser apeado do cargo com a Copa da França em andamento. Aquela edição, conquistada pelos anfitriões, teve outros dois casos. O sul-coreano Cha Bum-Kun caiu após derrotas para México (3 a 1) e Holanda (5 a 0). O interino Kim Pyung-Seok dirigiu a equipe no empate por 1 a 1 com a Bélgica, despedida dos asiáticos do torneio. 

Pelo mesmo roteiro passou o polonês Henryk Kasperczak, tirado do cargo na Tunísia após perder por 2 a 0 para a Inglaterra e 1 a 0 para a Colômbia. Os africanos encerraram a participação no torneio com um técnico local, Ali Selmi, que arrancou empate com a Romênia por 1 a 1,

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