Copa, Barcelona e Iniesta: Philippe Coutinho abre o jogo ao LANCE!

Um dos principais jogadores da Seleção que defenderá o Brasil na Copa do Mundo, meia atendeu a reportagem antes do embarque da delegação para Londres

Coutinho
Lucas Figueiredo/CBF

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Seleção Brasileira sempre foi uma realidade na carreira de Philippe Coutinho. Nome certo em todos os times de base com a camisa verde e amarela, o jogador, revelado no Vasco, era tido como questão de tempo disputando uma Copa pelo time principal. Esse tempo, como imaginado por muitos, não chegou em 2014, dentro de casa. Mas, de fato, quem apostou nele se deu bem.

As passagens por Inter de Milão, Espanyol e, principalmente, Liverpool prepararam o carioca, de 25 anos, para realizar os sonhos de sua infância: jogar pelo Barcelona e uma Copa do Mundo. Em 2018, na Rússia, chegou a hora de Coutinho.

Em uma rápida entrevista exclusiva ao L!, em um hotel no Rio de Janeiro, durante uma sessão de fotos para a Hugo Boss, antes do embarque da Seleção para Londres, o jogador analisou as chances do Brasil na Copa, a ida para o Barcelona e a possibilidade de se tornar o sucessor de Iniesta no clube catalão.

Seu nome era dado como certo antes da convocação. Mesmo assim, o que passou pela sua cabeça quando você ouviu o Tite dizer que seu nome estava na lista que representaria o Brasil na Copa do Mundo?
Foi uma emoção e uma alegria muito grandes. Sempre foi meu sonho poder disputar uma edição de Copa do Mundo. Vou para a minha primeira edição e, quando eu ouvi o meu nome na lista, foi um momento de grande felicidade.

Muitos colocam o Brasil como muito favorito dentro do Grupo E. Qual é a sua análise? Vê como uma chave traiçoeira?
É um grupo bastante difícil. Atualmente todas as seleções que disputam a Copa do Mundo chegam muito bem preparadas. Futebol mundial evoluiu como um todo e sempre os jogos de Copa trazem um desafio a mais. Os jogadores dão a vida dentro de campo. Naturalmente o nosso primeiro objetivo é nos prepararmos bem, relizar bons amistosos. Na Rússia ir cada passo por vez.

A parte mental acabou sendo um dos principais fatores para as quedas do Brasil nos dois últimos Mundiais. Você considera esse grupo preparado neste sentido? Se acha um jogador frio?
Me considero um jogador frio. Essa sua pergunta vai justamente em um ponto em que o professor Tite sempre toca com a gente, de sermos fortalecidos mentalmente. Acho que o grupo assimilou bem isso e está extremamente focado para atingir o objetivo de ser hexacampeão.

Como você se prepara para ser um jogador frio dentro de campo?
Acho que acima de tudo estar focado no nosso objetivo. E isso possui etapas: fazer um bom período de treinamento, jogar bem, passar de fase...

Mesmo como esse foco todo, a ansiedade pela estreia na Copa está batendo?
A ansiedade bate e não tem muito como fugir. Era um momento que eu aguardava há muito tempo. São ansiedades diferentes, como para o momento de chegar, de treinar, da estreia e por aí vai.

Quem considera os principais adversários do Brasil na luta pelo hexacampeonato? Em uma possível final, tem algum adversário preferido?
Sobre favoritismo não gosto muito de apontar um ou outro. Como eu falei, todas as seleções estão muito preparadas e quando você entra em campo são 11 contra 11 fazendo o melhor para defender a sua bandeira. Sou um cara que prefiro não escolher adversários e foco mais no nosso grupo, no que precisa melhorar e evoluir para alcançarmos a decisão e o título.

A sua negociação com o Barcelona veio desde o meio do ano passado. Deixar o Liverpool, clube onde você construiu uma história, e ir para a Espanha, o clube que você sonhava atuar, te deixou em conflito? Foi a decisão mais difícil da carreira?
Qualquer mudança na vida é difícil. Foi uma decisão pensada. Por um lado eu estava em um clube onde era muito respeitado. Porém, atuar no Barcelona era o meu sonho de criança Isso no fim acabou pesando bastante.

Muito te apontam, sobretudo na imprensa espanhola, como o substituto do Iniesta no Barcelona. Você se vê assim? Como encara esse tipo de comparação?
Essa questão de sucessão, não vejo por esse lado. Cada um tem a sua forma de jogar. O Iniesta é um gênio, e um outro Iniesta não vai existir. Tento jogar o meu futebol, procurando aprender, evoluir, crescer. Mas ter a oportunidade de trabalhar com ele durante esses seis meses foi muito proveitoso, por ser um jogador que sempre admirei bastante, é um ídolo e espelho. Pena que durou pouco, mas serviu de aprendizado.

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