‘O que podemos aprender com a reconstrução da Chapecoense’

Coordenador do curso de MBA em Gestão e Marketing Esportivo da Trevisan fala sobre o momento do clube catarinense e como o modelo de gestão ajuda na reconstrução

Chapecoense indo à final da Sul-Americana
Chapecoense volta a campo neste sábado, na Arena Condá (Foto: Divulgação)

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A Chapecoense pode demonstrar ao futebol brasileiro uma visão totalmente diferenciada e moderna de se administrar um clube, através da gestão profissional. Tem demonstrado isto, nas atitudes e entrevistas de seus “novos” dirigentes e principalmente nas decisões tomadas. Sabendo distinguir entre clube e time de futebol, onde a gestão administrativa é a responsável pela continuidade de seus negócios.

Não é tratar o futebol como negócio e, sim como o “principal” produto do clube, que poderia fornecer outros produtos como basquete, vôlei, eventos, promoções, etc. Deixa claro que o clube é a empresa e o futebol é o seu principal produto, e oferece isso ao mercado e fãs. Caso queiram interpretar de outra forma, seus clientes e torcedores.

No momento em que “novos dirigentes” assumem a direção do clube, fica evidente que “separam” o clube do futebol e que passa a funcionar da seguinte forma:

CLUBE: A gestão profissional, onde envolvem diversas áreas e formas, típicas de administração empresarial como: missão, visão, objetivos e metas, planejamento estratégico, finanças, marketing, recursos humanos e patrimônio.

TIME: A gestão do futebol, envolvendo: elenco, comissões técnica, médica, física, educacional, logística de jogos, gestão do futebol, contratos, equipamentos, materiais, alimentação e estrutura.

MERCADO: Entendido de diversas formas, aqui apenas citado como: competições da qual a Chapecoense vai participar como: Libertadores, Recopa, Suruga, Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Primeira Liga e Campeonato Catarinense.

O departamento de marketing tem trabalhado muito bem, utilizando diversas ferramentas e técnicas de marketing, para que a empresa e seus produtos possam ser adquiridos pelo mercado.
Algumas outras ponderações podem ser citadas como pontos de comprovação desta posição, fazendo uma analogia do acidente com péssimo resultado no ano, obrigando a diretoria a dispensar a maioria dos jogadores, comissão técnica e diretores. O time passa, mas o clube permanece.

*Jefferson José do Valle é coordenador e MBA da Trevisan Escola de Negócios, no curso em Gestão e Marketing Esportivo.

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