Violência de torcida marca ano do Botafogo, e CEP apela à imprensa

Alvinegro lida com diversos casos de agressões entre o público, com feridos e até morte, mas cartola diz que solução vai além do clube e projeta paz no jogo de volta contra o Fla

Violência - Botafogo x Flamengo
Torcedores do Botafogo se envolveram em mais episódios de confusão no clássico contra o Fla (Foto: Reprodução)

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O ano de 2017 tem sido único para o torcedor do Botafogo: uma campanha linda na Libertadores e a proximidade da vaga na final da Copa do Brasil. Apesar disso, a temporada também é de cenas lamentáveis no Alvinegro, sobretudo em sua casa, o Nilton Santos.

O assunto voltou à tona na última quarta feira, quando um torcedor botafoguense dirigiu palavras ofensivas aos familiares do atacante do Flamengo Vinícius Júnior, com referências à cor de sua pele. Na partida, válida pela ida da semifinal da Copa do Brasil, outros casos de violência física ou verbal. Um grupo de torcedores alvinegros tentou fazer uma emboscada para flamenguistas. Rubro-negros, por sua vez, destruíram 94 cadeiras do Nilton Santos.

Quebrar cadeiras da casa do Botafogo tem sido uma dura realidade no clube. Só neste ano foram 1.890. O episódio mais grave foi contra o Nacional, há uma semana, pela Libertadores: 220 assentos quebrados. Contra o Flamengo, no Carioca, o pior dos cenários: uma morte e sete feridos.

Quem acompanha o dia a dia do clube sabe o quanto ele está empenhado em promover sempre o respeito à diversidade. É como bem lembrou o presidente do clube, Carlos Eduardo Pereira, em coletiva na última quinta-feira.

- Isso nasce no nosso estatuto, que já proíbe qualquer tipo de discriminação. Nos nossos esportes, há o estímulo às práticas harmoniosas. Oferecemos centenas de oportunidades a centenas de jovens. Estimulamos o estudo e a igualdade de oportunidades. Isso estimula a convivência dos sócios - comentou o mandatário.

O mandatário também expôs o desejo de ver imprensa e clubes trabalhando lado a lado em prol do bem-estar no esporte ao ser questionado sobre as medidas que os cartolas podem tomar para reduzir os casos de agressões em estádios. Fez questão de dividir a responsabilidade e apelou até aos jornalistas.

- Não deixaria só por conta dos dirigentes, não. Todos nós, inclusive a imprensa, temos responsabilidade grande ao tratar o assunto. Com palavras mais duras o assunto pode repercutir. Se colocar mais gasolina, amplifica isso. Deve haver um esforço conjunto de todos trabalharmos - opinou o dirigente.

Diante dos acontecimentos, Pereira não deixa de sonhar com dias melhores já para o segundo jogo contra o Flamengo, na próxima quarta feira, às 21h45, no Maracanã.

- Reitero que queremos que o jogo de volta seja da paz, para as famílias, ondem os pais e filhos possam ir. Tenho confiança de que será um jogo tranquilo, que a torcida irá, até porque é um jogo ainda mais decisivo.

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