Há vida sem Carli? Defesa alvinegra cai de produção sem o argentino

Média de gols sofridos pelo Botafogo quase dobra quando o zagueiro não está em campo. Com fissura no pé, Carli vira dúvida para duelo contra o Atlético Nacional, pela Libertadores

Joel Carli - Treino do Botafogo
Tratando fissura no pé, zagueiro argentino virou dúvida para o jogo da Libertadores (Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

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Com ele, a defesa alvinegra se mantém forte e sofre menos gols. Na ausência do argentino, a queda de produção do sistema defensivo - como um todo - pode ser observada nos números. Essa "Carlidependência" do Botafogo fica ainda mais em evidência com a sequência de jogos do Glorioso em 2017. 

Em 16 jogos da temporada atual, Carli esteve presente em seis desses. Com o argentino em campo, o Botafogo teve sua meta vazada quatro vezes, com a média de 0,66 gols sofridos por jogo. Sem ele - em 11 partidas - o time de Jair sofreu 14 tentos, com esta média dobrando para 1,28 gols sofridos por jogo.

Um exemplo claro - além dos números - para a importância de Carli no time do Botafogo pode ser observado no único Clássico Vovô do ano. Até o intervalo - com o zagueiro em campo - o time vencia por 2 a 0. Na sua saída - com Renan Fonseca sendo seu substituto - o Fluminense marcou três vezes no segundo tempo e acabou vencendo o Alvinegro de virada. E desde esta lesão - com uma fissura no seu pé direito - Carli vem sendo desfalque no elenco do Glorioso.

- É um jogador muito experiente, nosso capitão, um líder e ficamos tristes. Agora temos que trabalhar para que o pessoal que entrar possa suprir essa carência - destacou Airton em relação a falta que Carli faz ao Botafogo.

Contra o Fluminense, ele não joga. Ainda sem voltar a treinar no campo, a nova expectativa do técnico Jair Ventura é de tê-lo para os dois próximos jogos da Copa Libertadores, contra Atlético Nacional-COL e Barcelona-EQU. Enquanto isso, o argentino - tão importante dentro da equipe atual - continua correndo contra o tempo para poder ficar à disposição na viagem decisiva da equipe.

Glorioso lida com ausência do argentino desde 2016:
​Os problemas com lesões perseguem Carli nessa sua passagem pelo Botafogo. Nesta ano, ele lesionou a panturrilha, na pré-temporada, e desfalcou a equipe nos primeiros jogos da Libertadores. Agora, a fissura no pé o deixa de fora da reta final da Taça Rio, além da dúvida quanto a sua presença na competição internacional. E, em 2016, os problemas do argentino também foram sentidos.

Sem Carli durante quase todo o primeiro turno, o Botafogo teve campanha de rebaixado no Brasileirão. Com o argentino, arrancou rumo ao G5 e teve uma grande sequência de partidas saindo de campo sem ser sequer vazado. 

No decorrer do ano, Carli disputou 30 das 66 partidas pelo Glorioso, menos do que todas as outras opções da zaga: Emerson jogou 44 partidas, Renan 35 e Emerson Silva 32. Neste ano, o zagueiro está atrás em número de jogos em relação aos dois citados acima e ao Marcelo, que ganhou chances agora. Sua ausência pode ser observada também olhando para o número total de jogos: nas 36 partidas de Carli pelo Botafogo, o time não foi vazado em 21 delas.

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