Por que não ele? Entenda o que dificulta a vida de Valencia no Bota

Jair Ventura espera ver mais do meio-campista nos treinos e nos jogos. Chileno não foi utilizado nos dois últimos jogos e ainda há insatisfação por um problema físico

Valencia - Botafogo
O chileno Leonardo Valencia foi a principal contratação do Botafogo na janela de meio de ano (Foto: Felippe Rocha)

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A vida de Leonardo Valencia no Botafogo está difícil e está cada vez mais claro que o chileno vai ter que fazer muito mais para agradar ao técnico Jair Ventura. A torcida até pediu pelo meia, no último sábado, quando Jair Ventura sinalizou que a terceira substituição seria a entrada de Vinícius Tanque. Não houve jeito e, pelo contrário, o treinador mudou o que lhe é habitual. Explicou o que falta para a maior utilização do atleta.

- Não posso botar o Valencia para acompanhar lateral. O Fluminense estava tomando conta do jogo, por isso não o Leo. Mas é normal, a torcida vai pedir o que não tem. Se eu não tiver as minhas convicções... Um amigo (Zé Ricardo, no Flamengo) fez o que pediram e foi demitido. O que eu acho vem dando certo quase sempre. O rendimento do dia a dia vocês não veem, mas eu nunca vou fazer nada para prejudicar a equipe. Se eu começar a perder, não vou estar aqui depois. Não sou teimoso, mas tenho minhas convicções. Vou fazer tudo em prol do grupo e não de uma pessoa - afirmou o treinador após o clássico.

Foi a segunda partida seguida em que Valencia não entrou em campo nem como titular, nem como substituto. Contra o Atlético-MG, dois meio-campistas estavam suspensos. Contra o Fluminense, um. Nada disso, somado a situações não confortáveis nas partidas, foi suficiente para o treinador optar pelo meio-campista chileno, de quem se esperava bastante quando chegou.

- Acho que todo jogador chega com grande expectativa. Canales, Lizio, Yaca (Nuñez), Bazallo... Torço sempre para que possam render. Se o grupo é enxuto e não o usamos é porque alguma coisa tem. Ele ainda não tem assistência ou gol. Ele se ajuda e eu ajudo ele para o time. Vai jogar quem estiver melhor. Ele vai continuar trabalhando forte para merecer entrar - reiterou Jair.

O histórico dos estrangeiros citados mostra que não tem sido fácil se adaptar ao Botafogo atual. Nos últimos anos, somente Carli tomou conta. Todos os outros não deixaram saudade. O chileno vai precisar fazer muito mais nos treinos e, nos jogos, ser mais efetivo. E quando o comandante fala da falta de gols e assistências é porque Valencia já disputou dez jogos. Chegou a participar da jogada de alguns gols, mas, efetivamente, está devendo.

E mais: está igualmente claro um clima de insatisfação - não com os jogadores. Quando ele se juntou à delegação chilena que fracassou nas duas últimas rodadas das Eliminatórias, voltou se queixando de dores. Ele já havia deixado o Rio com o problema, adquirido no lance da expulsão na partida contra o Vitória. Quando retornou do período com a La Roja, foi desfalque em treinamentos no campo. Sobre isso, Jair preferiu não se estender.

- Minha situação é campo e bola. Isso vai para outras esferas - resumiu.

Neste domingo, algumas horas após as declarações de Jair Ventura, Valencia fez um publicação no Instagram. O meio-campista postou uma foto posada pela seleção chilena, com a seguinte legenda, em tradução livre: "Com trabalho, cheguei a viver esses momentos mais lindos e importantes da minha vida, e seguirei trabalhando com humildade sempre. Pode se perder tudo, mas nunca os seus sonhos. Mais firme que nunca."

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