Botafogo apresenta balanço de 2016: dívida diminui, mas clube tem déficit

Na noite da terça-feira, Glorioso divulgou dados do ano passado da gestão do presidente Carlos Eduardo Pereira. Dívida cai para R$ 685 milhões, mas clube teve déficit na receita

Carlos Eduardo Pereira
No final de 2017, Carlos Eduardo Pereira completará seu primeiro mandato no clube (Foto: Paula Máscara/LANCE!)

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Em reunião na noite da última terça-feira, o Botafogo apresentou o balanço do ano passado do clube, sob a gestão do presidente Carlos Eduardo Pereira. O mandato começou no fim de 2014. De lá para cá, o Glorioso passou por refinanciamento de dívidas com a entrada do clube no Profut e pelo retorno ao Ato Trabalhista. Assim, em 2016, os débitos alvinegros caíram de R$ 706 milhões para R$ 685 milhões, pouco mais de 20 milhões reduzidos, conforme documento que o LANCE! teve acesso.

Contudo, o Glorioso segue sofrendo para equilibrar o balanço. Em 2016, o clube acabou apresentando um déficit de R$ 9 milhões. A receita atingiu o valor de R$ 156.267.000,00, um aumento significativo com relação ao ano anterior. Os gastos foram maiores, sendo muitos deles por conta dos pagamentos equacionados das dividas das gestões passadas.

No Profut, o Botafogo ainda tem que pagar cerca de R$ 269 milhões, divididos em parcelas até 2031. Assim sendo, uma parte da receita mensal acaba comprometida para o programa de Responsabilidade Fiscal do Futebol. O mesmo acontece em relação ao Ato Trabalhista. O clube pagará cerca de R$ 20 milhões em 2017, aumentando progressivamente até 2024. No final, serão mais R$ 171 milhões descontados da dívida total do Glorioso.

Além do pagamento gradativo das dívidas fiscal e tributária, o Botafogo teve outros gastos, como a reforma do estádio da Ilha do Governador, que acabou sendo importante para a arrancada do time rumo à Libertadores. Diferente do anunciado na época - R$ 5 milhões - o gasto total com a Arena Botafogo foi de cerca de R$ 13 milhões, sendo a maior parte em engenharia e transporte.

Já nas receitas que entraram na última temporada, a maior parte do valor veio do acordo de renovação das receitas de TV com a Rede Globo, que passaram de R$ 53 milhões para R$ 100 milhões, previstos até o final de 2020.

Agora, a expectativa por aumento na receita do clube neste ano giram em torno da renovação do patrocínio com a Caixa - o acordo está firmado para investimento de R$ 10 milhões/ano, e os dirigentes alvinegros esperam a publicação oficial. Há expectativa também em torno do bom momento do clube na Copa Libertadores.

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