Luis Henrique: Botafogo quer renovar, agente cobra ‘planejamento’

Carlos Eduardo Pereira garante boa relação e intenção de dar vida longa ao jogador no clube. Agente e mãe, porém, quer mais atenção para que o atleta possa evoluir

Luis Henrique - Botafogo
Luis Henrique treina em busca de uma nova oportunidade na equipe alvinegra (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)

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O contrato de Luis Henrique com o Botafogo vai até maio, ele poderá assinar pré-contrato com outro clube em novembro, é um promissor patrimônio do Glorioso, mas está numa situação embaraçosa. Tudo isso você já leu nesta reportagem, publicada na manhã desta quinta-feira. Após a vitória sobre o Bragantino, o técnico Ricardo Gomes havia dito que o centroavante precisava jogar, mas que era preciso ver a melhor forma para tal. Após a problemática ser exposta, o LANCE! procurou a diretoria alvinegra e Tanara Farinhas, agente e mãe do atleta. As partes buscam uma solução, mas, no momento, não estão tão sincronizadas.

- O Luis Henrique tem contrato até maio e o diálogo com a Tanara é o melhor possível. Tenho certeza que o Luis terá uma longa carreira no Botafogo. O Cacá Azeredo (vice-presidente de futebol), o Manoel Renha (diretor da base) e o Gustavo Noronha (diretor jurídico do futebol) estão envolvidos neste procedimento com a intenção de renovar o contrato dele - garantiu o presidente do Glorioso, Carlos Eduardo Pereira.


Tanara Farinhas, por outro lado, não escondeu o incômodo com a situação em que o jogador ficou. Para a renovação do vínculo, a mãe do atleta cobra uma atenção maior dos dirigentes aos bastidores, com o objetivo de a carreira do atacante ser conduzida da melhor maneira possível.
- Diante das declarações do técnico Ricardo Gomes, na última coletiva de imprensa, eu, como gestora da carreira e representante do Luis Henrique, preciso, na verdade, entender quais os objetivos reais da comissão técnica e da diretoria com relação ao atleta. Que tipo de plano de carreira eles vislumbram, para que possamos, de fato, chegar a um acordo - avalia.


Carlos Eduardo Pereira explica o acompanhamento de cada atleta, desde as categorias de base, e lembra que o Glorioso vem revelando bons valores para o ataque nos últimos tempos. O centroavante, hoje com 18 anos, renovou o contrato assim que demonstrou potencial no time profissional, no ano passado, e tem multa rescisória de R$ 60 milhões.

- Fazemos o acompanhamento regular de todos os atletas da base para irmos prorrogando os contratos e criando metas de desempenho, além de forma de remunerar melhor os que vêm evoluindo. Todos estão sendo acompanhados. Tínhamos quatro grande promessas para o ataque. O Vinícius (Tanque), primeiro a estourar idade, o Luis Henrique, que quase não jogou no Sub-20, o (Renan) Gorne, que ainda vai estourar idade, e um que já nos deixou - lembra, citando o recém-vendido Ribamar.

A agente e mãe do jogador recorda os momentos do filho. Apesar de reconhecer a instabilidade do atleta (esse ano, 21 jogos e três gols), ela não acredita que a juventude seja fator primordial, como não foi com o jogador que até pouco tempo era titular, e, hoje, está no 1860 Munique.

- O Luis Henrique foi promovido ao profissional ano passado por méritos, estreando com dois gols e assistência. Logo em seguida, Ricardo Gomes assumiu e decidiu poupá-lo. No Carioca deste ano, o Luis fez a pré-temporada como titular, o time estava em primeiro lugar e, mesmo assim, o atleta foi para o banco. Um jogador de mesma idade assumiu a titularidade, então não vejo a questão "idade" como empecilho. Desde então, nos poucos jogos em que entrou, o Luis contribuiu de alguma forma. Como exemplo, na Copa do Brasil. Ele foi titular no primeiro jogo e fez o gol da vitória (Coruripe). No jogo de ida contra o Bragantino, deu assistência para o gol de empate (2 a 2). Sabemos que ele é novo, tem muito a evoluir, mas isso se dá com vários fatores. Destaco a sequência de jogos, a confiança, a orientação individual e o planejamento. Se não tivermos isso, fica difícil a evolução - acredita.

O Botafogo não quer perder um milionário patrimônio, mas, para o jogador, ficar sem jogar está longe de ser bom. Certamente, não vai demorar muito para as partes buscarem a melhor solução.

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