Botafogo se isola no ‘Parque do China’, em colônia alemã no ES

Grupo alvinegro é esperado no resort situado em Domingos Martins na noite desta segunda. Local recluso tem chancela da Fifa e recebeu investimentos milionários

china park
Campo do China tem a chancela da Fifa e quase recebeu a seleção de Camarões durante a Copa (Foto: Felippe Rocha)

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Dizer que o China Park fica dentro da pequena cidade de Domingos Martins é quase leviano. Para chegar ao oásis entre os milhares de hectares de eucaliptos da serra do Espírito Santo, a BR-262 é a rota. Porém, na mesma rodovia, somente 35km depois da entrada da cidade é que há o início estrada que leva ao parque. Exatamente. São mais cinco quilômetros morro acima até o resort onde a delegação do Botafogo vai se preparar a partir da noite desta segunda.

Os jogadores treinam em dois períodos, nesta segunda-feira, General Severiano, e depois embarcam para Vitória, de onde seguem para o parque. No local, os jogadores terão uma ampla área restrita e um centro de treinamento com chancela da Fifa, mas também poderão desfrutar de piscina, sauna, tirolesa, lago de pesca, cinema e outras zonas de lazer comuns aos demais hóspedes do local, inclusive com a presença de animais ao ar livre.

O China Park fica num lugar daqueles pelo qual ninguém passa por: só chega quem tiver aquele como o destino final. Tanto que entre a entrada oficial de Domingos Martins e a estrada que leva ao resort há a entrada do município de Marechal Floriano. Mas o investimento para receber o Botafogo neste início de 2016 não foi pequeno.

- Compramos os equipamentos da academia conforme as necessidades deles. Foram R$ 260 mil investidos apenas na academia - explica Valdeir dos Santos, o China, cujo apelido dá nome ao empreendimento situado na cidade de colonização alemã. Em Domingos Martins, os 34 mil habitantes ostentam a arquitetura e até o idioma germânico nas paredes e nas instituições oficiais.

'Não tem crise'

O local, também chamado de 'Parque do China', tem 1.200.000 m² e, após comprar como sítio a área, em 1994, o China resolveu capitalizar. E a grande ideia surgiu em 2003:

- Construo chalés e vendo. Quando o cara não estiver, eu alugo. Ele não paga condomínio e eu ele ganhamos dinheiro. Esse dinheiro paga as obras - resume, antes de completar:

- Nós aumentamos a lotação em 30% ao ano, é mais que a China. Aqui não tem crise. Estamos com 15 obras.

Tudo isso porque os investimentos não param. E não começaram agora. Entre 2011 e 2012, para se credenciar como possível instalação e receber seleções durante a Copa do Mundo de 2014, Valdeir sonhou e investiu.

- Eu fiz o projeto, apresentei ao governo estadual (do Espírito Santo), recebi críticas, mas foi aprovado. Eles financiaram R$ 4 milhões dos 12 que foram utilizados para a construção do CT - explica China, que garante seguir pagando pelo valor cedido pelo estado.

Seleções como Camarões sondaram o local, mas acabaram não ficando durante o Mundial. Mas o Paraná Clube já treinou no parque, assim como o Doze, do próprio Espírito Santo.

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