Documentário sobre Nilton Santos chega aos cinemas no dia 26

Filme de 90 minutos, "Ídolo" reconta a história do ex-craque do Botafogo e Seleção


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Eleito pela Fifa como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, Nilton Santos marcou o seu nome no futebol e sua história virou documentário. "Ídolo", de Ricardo Calvet, estreará no próximo dia 26 nos cinemas. O filme conta toda a trajetória do ex-craque, que faleceu no dia 27 de novembro de 2013, aos 88 anos. A carreira vitoriosa no Botafogo e na Seleção Brasileira, o projeto social junto às crianças carentes em Palmas (TO) e a luta contra o Mal de Alzheimer são fatos contados em detalhes durante os 90 minutos do longa.

Com seu jeito simples, o próprio Nilton conta várias passagens da carreira e através de depoimentos é reverenciado por personalidades do futebol brasileiro e mundial, como Zagallo, Zico, Junior, Carlos Alberto Torres, Gérson, Djalma Santos, Amarildo, Coutinho, Evaristo de Macedo, Leônidas, o francês Just Fontaine, o espanhol Enrique Collar, o austríaco Hans Buzek e o húngaro Jenö Buzansky, entre outros. Consagrados jornalistas esportivos, como Luiz Mendes e Sandra Moreyra, também falam sobre Nilton.

Entre tantos momentos de inspiração, o filme mostra a célebre jogada na Copa do Chile, em 1962, quando o Brasil perdia para a Espanha por 1 a 0, e Nilton derrubou o atacante Enrique Collar dentro da área. Naquele exato momento, deu dois passos para frente e o juiz marcou apenas falta. Ídolo relembra também que, após levar dois dribles de Garrincha em um treino no Botafogo, Nilton terminou sendo o responsável pela contratação do então futuro craque. "Contrata que esse é bom de bola", relembra Zagallo.

CONFIRA ALGUNS DEPOIMENTOS DO FILME

"Estava no Botafogo no dia em que o Nilton Santos chegou e o apresentaram ao Carlito Rocha (técnico do time) que perguntou a posição em que ele jogava. O Nilton respondeu: eu jogo em qualquer posição da defesa, mas gosto mais de jogar no meio de campo. O Carlito usava chapéu e nos treinos o Nilton tinha que pular e alcançar com a cabeça o chapéu que ele colocava no ar. Aí surgiu o maior lateral esquerdo de todos os tempos" (Luiz Mendes, jornalista)

"Ele fez o Nilton Santos pular. Você tem que jogar é de beque" (Cacá Borges, ex-lateral direito do Botafogo e amigo de Nilton Santos)

"Ele é o único jogador campeão carioca invicto em 48. Porque o Botafogo perdeu o primeiro jogo para o São Cristóvão e depois não perdeu mais" (Iata Anderson, jornalista)

"Eu era América. No momento em que apareceram o Nilton, e logo depois o Garrincha, não tive nenhuma vergonha de virar casaca e daí para frente foi só Botafogo" (Ruy Solberg, cineasta)

"Confesso que a primeira vez que joguei contra o Nilton Santos me deu vontade de pedir um autógrafo pra ele. Eu era garoto, tinha 18 anos, e o Nilton Santos era meu ídolo" (Carlos Alberto Torres, capitão do Brasil no tricampeonato de 70)

"Peguei uma bola no meio de campo, fui indo e já estava na entrada da área quando eu olho e vejo Nilton Santos na minha frente. Fiquei pensando: eu não vou passar, nem vou tentar. Recuei. Vou encarar o homem?" (Mengálvio, ex-jogador do Santos)

"O Nilton marcou o Pelé, e muito bem. E o Pelé não fez nada" (Gérson, ex-Botafogo e Seleção Brasileira na Copa de 70)

"Minha maior frustração no Botafogo foi não ter jogado com ele. Porque vim para substituí-lo. A bola quando ia para o Nilton, sorria. Sabia que ia ser bem tratada" (Leônidas, ex-zagueiro do Botafogo)

"As pessoas sempre fizeram a comparação entre mim e ele. E eu sempre disse: se eu for aquele dicionário de bolso já ficarei feliz" (Junior, ex-lateral esquerdo do Flamengo e da Seleção Brasileira)

"O Nilton foi o primeiro a sacar, lá atrás, que o exemplo dele podia mudar a vida de muita gente" (Sandra Moreyra, jornalista, referindo-se à Escolinha de Futebol Nilton Santos, em Palmas)

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